Ato em Brasília reúne lideranças de vários movimentos e representantes partidários e conclama o país a reagir contra o desmonte do Brasil

Nesta quarta-feira (4) foi lançada em Brasília a Frente Popular e Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, que agrega legisladores, partidos, movimentos sociais, movimento sindical, entre outros atores.

O evento realizado no maior auditório Câmara dos Deputados foi aberto com o Seminário em Defesa da Soberania Nacional e Popular.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile fez a apresentação dos objetivos do movimento. “Havia vários fóruns nacionais tratando de temas específicos, como as frentes Brasil Popular e Povo sem medo, o pessoal da educação, mas não tínhamos espaço coletivo unitário  para erguer a bandeira do Brasil e retomar a luta da soberania nacional”, explicou.

A questão do desmonte imposto à Petrobrás por sua atual direção comandada pelo neoliberal Roberto Castello Branco, que aplica privatizações sem qualquer licitação, e, sobretudo, entrega o patrimônio brasileiro, também foi levantada com a presença da representação petroleira do Sindipetro-RJ/FNP.

“O encontro foi muito positivo. A ideia é não focar só na luta institucional, a intenção é que vire de fato uma campanha que passa por fóruns estaduais, havendo o compromisso de organizar mobilizações e um calendário de luta, com atos em defesa de todas as empresas estatais, sendo já organizado um grande ato no próximo dia 3 de outubro por conta do aniversário da Petrobrás” – informa Natália Russo, diretora do Sindipetro-RJ e da FNP.  A diretora Moara Zanetti também esteve representando o Sindicato e a FNP. Representações petroleiras ligadas à FUP também marcaram presença.

Muitas falas no encontro ressaltaram a importância da Petrobrás e do Pré-Sal. A alteração nos últimos anos do mapa geopolítico no mundo que colocou Petrobrás e o Brasil no foco de tensão global.

“Por isso, é importante defender o patrimônio público e combater todas essas fakenews que depreciam as estatais, dizendo que elas são ineficientes, que a redução delas nomercado vai reduzir preços e sabemos que isso não é verdade. A Petrobrás, por exemplo, está entre as melhores empresas do mundo, sempre com um lucro operacional gigantesco. O governo utiliza um discurso de que as empresas estatais são as mais corruptas e que por isso devem ser privatizadas. As concorrentes privadas estão envolvidas pelo mundo em diversos casos de corrupção, sendo que isso nunca foi impeditivo para continuarem operando, inclusive, noBrasil após a Lava Jato.” – concluiu Natália.

 

Estão também sendo agendados atos em defesa dos bancos públicos, em em defesa dos Correios, Amazônia, contra a entrega da base aeroespacial de Alcântara, contra a reforma da Previdência, entre outros até o mês de novembro, conforme tabela abaixo:

 

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