Segundo planejamento da própria empresa, os terceirizados seriam os últimos a retornarem
A Petrobrás anunciou que os terceirizados que estão em teletrabalho só irão retornar ao trabalho presencial depois dos trabalhadores próprios, mas esta decisão está sendo descumprida. Segundo denúncias, os assistentes sociais terceirizados, por exemplo, foram convocados e já estão trabalhando de forma presencial.
Ação judicial pressionou
Após o Sindipetro-RJ ter pedido suspensão imediata ao trabalho presencial (processo nº 0100801-30.2021.5.01.0067), diante da situação da pandemia agravada pela variante Ômicron, a Petrobrás recuou da implantação da Onda 4 de retorno presencial em 2022 de 100%, retornando aos patamares da Onda 3 programada pela Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) de retorno em 40%.
Qual o motivo de expor os terceirizados à COVID-19?
Curiosamente, na mais recente programação divulgada pela EOR, todos os terceirizados só iriam retornar ao trabalho presencial após o retorno de todos os trabalhadores próprios. Mas, os assistentes sociais terceirizados foram obrigados a retornar sem maiores explicações. Chama ainda atenção o fato de que eles estavam cumprindo todas as suas funções perfeitamente no trabalho remoto como os atendimentos do setor médico-psicológico-assistência social a trabalhadores.
Além disso, é muito importante a participação de assistente social próprio em atendimentos a trabalhadores em situações delicadas. Por que, então, expor assistentes sociais terceirizados a mais riscos de se contaminarem e de contaminarem outras pessoas?
O Sindipetro-RJ defende que os assistentes sociais terceirizados e outros trabalhadores terceirizados administrativos só retornem ao presencial, no mínimo, em março, como a própria empresa anunciou que seria. E, dependendo da situação da pandemia, esse retorno terá que ser adiado mesmo depois de março.