Terceirizados: reajuste salarial pífio gera indignação no Boaventura

Patamar salarial tão rebaixado deveria causar vergonha pra qualquer gestor da Petrobrás

O caso que está acontecendo com motoristas da CS Brasil que recebem reajuste salarial de fome é uma situação de achatamento salarial que se repete com terceirizados em outras Unidades do Sistema Petrobrás.

Os motoristas empregados da CS Brasil no Complexo Boaventura foram pegos de surpresa na hora da renovação contratual. A expectativa pelo aumento salarial dos motoristas no novo contrato era enorme, tendo em vista a remuneração evidentemente defasada. 

No entanto, a CS Brasil, ao contrário do ano passado, aplicou um aumento diferenciado, que de toda forma é insuficiente, entre os motoristas das vans e de carros pequenos. 

Para os motoristas das vans, o aumento foi de cerca de 500 reais, e para os motoristas dos carros pequenos, um aumento pífio de 80 reais. Uma superexploração!

Ojeriza

Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, é fato que pode ocorrer diferença salarial de acordo com o tipo de fretamento (quantidade de pessoas que o veículo é capaz de transportar), informação que os trabalhadores inclusive desconheciam. Mas vale destacar que nos dois casos aqui citados da CS Brasil, essa diferenciação não era feita e ambos trabalham numa escala 4×2, com as mesmas responsabilidades, cumprindo longos trajetos e horários (algumas vezes muito ingratos) para buscar os usuários.  

Perseguição

A insatisfação dos trabalhadores é crescente. Muitos lembraram que a CS Brasil já chegou a interferir até no processo eleitoral da CIPA no Boaventura quando demitiu, no ano passado, um dos trabalhadores que defendia direitos e foi eleito para a CIPA em clara postura de perseguição. E até hoje a CS Brasil não voltou atrás dessa arbitrariedade, nem a Petrobrás interferiu nessa conduta. Um absurdo!

Precarização, não!

Não dá mais para a Direção da Petrobrás manter empresas prestadoras de serviços com contratos milionários que pagam salário de fome a seus empregados.

Enquanto os patrões enriquecem, os trabalhadores vivem na penúria, passando dificuldades com a família e sendo ainda assediados, como o Sindipetro-RJ já relatou em outras tantas situações de terceirizados no Sistema Petrobrás.

Não dá para a mesma Petrobrás que entrega dividendos extraordinários aos acionistas manter trabalhadores precarizados recebendo menos de R$ 2 mil por mês.

Leia mais: Terceirização na Petrobrás virou sinônimo de desrespeito aos trabalhadoreshttps://sindipetro.org.br/terceirizacao-na-petrobras-virou-sinonimo-de-desrespeito-aos-trabalhadores/

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