Trancaço cobra solução para precarização e desrespeito aos terceirizados no TABG

Na manhã de terça-feira (9/07) foi promovido um atraso trancaço pelos trabalhadores terceirizados e próprios do TABG na troca de turno da unidade

Os terceirizados cobram da Transpetro a implantação dos pisos regionais e dos planos de saúde extensivos aos seus familiares. Cabe lembrar que os trabalhadores estão cientes que os contratos da Petrobrás apresentam mais benefícios do que os da Transpetro, nos casos específicos do piso salarial das categorias e no plano de saúde. São Também reivindicadas vagas de empregos para moradores da Ilha do Governador, bairro onde está sediado o terminal.

Além disso, os trabalhadores do TABG cobram melhores condições de trabalho no terminal que está em situação de sucateamento e falta de efetivos, como também acontece em outras unidades da Transpetro. Estão programadas mobilizações para denunciar a situação nos terminais da empresa localizados na base do Sindipetro-RJ, como TABG, TEBIG, TEJAP e TEVOL. “A situação é tão precária em termos de efetivos nesses terminais, da mesma forma que ocorre aqui no TABG”, disse o diretor do Sindicato. JP Nascimento.

Empresas terceirizadas se aproveitam dos trabalhadores

Ainda sobre os trabalhadores terceirizados, o Sindipetro-RJ denuncia, mais uma vez, a situação da EQS, empresa que presta serviço de apoio técnico e administrativo. O contrato indica aplicação da tabela da Petrobrás, mas não é cumprido. O absurdo da situação é que a empresa enquadrou seus trabalhadores, que realizam atividade de tancagem e estocagem de gás, na representação sindical referente a atividade de asseio e conservação, utilizando a tabela salarial dos garis do Rio de Janeiro.

Por fim, chegou uma denúncia ao Sindipetro-RJ de que a empresa MIPE, através de seus supervisores estaria assediando trabalhadores para que trabalhassem nos finais de semana.

O TABG tem contratado empresas de outros estados para prestarem serviços no terminal. Mas essas empresas não efetivam o cadastro correspondente da categoria no munícipio do Rio. Isso acaba gerando um salário rebaixado, não compatível com a realidade local, prejudicando os trabalhadores. Desta forma, o Sindipetro-RJ evidencia uma falha na gestão e fiscalização dos contratos na Transpetro.

Próprios cobram reposição de efetivos, diferença de HETT e adicional de confinamento

Por sua vez, os trabalhadores próprios reivindicam o pagamento da diferença da Hora Extra de Troca de Turno (HETT). A Transpetro não está dando tratativa ao tempo que é excedido na passagem de turno, reivindicando ainda a reposição do efetivo, tema principal da luta, exigindo também o pagamento de adicional para os trabalhadores do terminal, já que eles entendem terem direito à gratificação por trabalharem em local confinado.

É importante salientar, que os próprios do TABG já votaram e aprovaram, em 10/06, o estado de greve e vão entregar a Brigada de Incêndio, não participando do treinamento à distância AVA, durante o horário de trabalho.  Então, o estado de greve ocorre especificamente por causa de três pontos: cobrança do  pagamento da diferença do HETT; contra a redução de efetivo e exigência no pagamento do adicional de confinamento.

Afastamento imotivado

O Sindipetro-RJ também cobra explicações sobre a ordem que veio de cima para a retirada do cargo de supervisor de turno da ilha D’água, uma das ilhas do complexo de terminais do TABG. Isso aconteceu em pleno andamento de uma investigação de acidente que não foi finalizada.

O Sindicato que acompanha a investigação do sinistro, entende que o acidente foi gerado por conta do baixo efetivo existente no terminal. Esse afastamento imotivado feito pela Transpetro mostra, mais uma vez, o assédio praticado pela alta gestão da empresa aos funcionários que dão o sangue e suor todos os dias do ano pela empresa.