Transpetro-Sede: corte de direitos em novos contratos e insegurança no prédio

Motoristas da empresa AGF, nova terceirizada contratada pela Transpetro (CNCL) em substituição à Sallute, lutam contra a redução de seus direitos. Em outubro, quando encerraram suas atividades na Sallute, os trabalhadores foram contatados por uma pessoa que se identificou como ‘chefe de RH’ da AGF e ofereceu-lhes salários de R$ 1.263,00 e tíquete de R$ 250,00, tratando a referida proposta na base do ‘pegar ou largar’. Na Salutte, esses mesmos trabalhadores recebiam, respectivamente, salários de R$ 2.077,00 e tíquete de R$ 640,00.

“Muitos profissionais que não foram contatados há tempo não puderam obter uma recolocação na AGF e o resultado é que, dos 36 profissionais lotados na Sallute, apenas seis ficaram na AGF, e com menos direitos”, denunciou um motorista que não quis se identificar.

No último dia 16/11, após reunir-se com um grupo de motoristas, o Sindipetro decidiu que vai cobrar reunião urgente com a fiscalização do contrato (Transpetro). “Queremos transparência e que todos os números sejam efetivamente apresentados, pois o contrato anterior [Salutte] foi substituído por quatro novos contratos, incluindo o da AGF. Qual o real custo disso tudo? Nós também queremos a recontratação dos profissionais que não foram absorvidos pela AGF e que já têm experiência no serviço”, explicou Natália Russo, da direção do Sindipetro.

Além de salários e tíquete, a AGF rebaixou o padrão do plano de saúde, que passou a ser da Unimed com coparticipação, e não mais da Intermédica. A escala de serviço também foi mudada, de 24 x 48 para 12 x 26, e o curso de direção defensiva passou a não ser mais exigido dos novos profissionais.

Insegurança no Edifício-Sede

A CIPA da Transpetro-sede está fazendo uma campanha para que os funcionários utilizem o corrimão ao descerem as escadas do prédio. Até aí, tudo bem, não fosse o fato de que vários andares do edifício-sede Irmandade estão sem corrimão e sem rota de fuga. Ou seja: a campanha é mais uma ficção. Se a Transpetro quer realmente fazer uma campanha séria, que comece por oferecer as condições básicas de segurança aos funcionários.

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