Enquanto transcorria o ato nesta quarta (26) contra a privatização do sistema Petrobrás no EDISE, Centro do Rio de Janeiro, durante a posse dos novos integrantes do Conselho Administrativo da empresa, Gerson Castellano, diretor de Comunicação da FUP, atacou o carro de som do Sindipetro-RJ, arrancando o cabo de energia do nosso veículo, interrompendo a fala do nosso diretor do Sindipetro-RJ. Outro diretor do Sindipetro-RJ, quando tentava esclarecer o porquê da atitude descabida do diretor da FUP, bem como estabelecer a integração dos atos, e a permanência e participação de todos, mesmo que com divergências, acabou por sofrer cusparadas.
O incidente aconteceu, quando também em protesto contra a privatização do sistema Petrobrás, um grupo de manifestantes e movimentos capitaneados pela FUP chegou à frente do EDISE com um carro de som, enquanto integrantes do Sindipetro-RJ já realizavam falações a partir do carro de som do sindicato.
Este tipo de atitude é inaceitável pois não coaduna com a tradição democrática do movimento sindical, de fazer unidade pra lutar, mesmo com diferenças. Pior, em um momento em que se faz necessária a união dos petroleiros contra o processo de desmonte da Petrobrás que se aprofunda com os últimos anúncios de entregas de todo o negócio de fertilizantes (FAFENs) e de Refinarias, nesse último, conforme apresentado pela gestão Parente, visando incentivar os concorrentes.
Cassar a palavra do Sindipetro-RJ, de uma diretoria que obteve 70% dos votos registrados na última eleição em 2017 é grave. Esse tipo de comportamento afasta a categoria dos Sindicatos e Federações.
Nós como filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) fazemos um chamado à FUP para a luta conjunta em favor das bandeiras unitárias e de consenso, para derrotar o projeto de privatização da Petrobrás e de retirada de direitos dos petroleiros que hoje se impõe por um equacionamento absurdo do Plano Petros, nos ataques à AMS, Benefício Farmácia e a outros direitos dos trabalhadores do sistema.
É preciso trabalhar nos consensos da luta para mesmo mantendo as diferenças, direcionarmos nossos ânimos para defender a Petrobrás e apoiar a categoria petroleira a se por em movimento.
Não podemos cair na armadilha das grosserias. Isto afasta, quando devemos nos juntar enquanto trabalhadores para nos defender do ataque que sofre toda a Classe Trabalhadora com o desmantelamento da Petrobrás.
Apesar disso, considerando que o conjunto dos trabalhadores não tem culpa deste tipo de dirigente, seguimos insistindo na unidade da mobilização e por isso corroboramos o chamado da FNP à reunião nacional de todos os sindicatos e associações para organizar a mobilização.
Com a palavra, a FUP.
Paz entre nós, guerra aos Senhores!