UMS Búzios: Técnicos de Segurança se mantêm firmes na paralisação do trabalho noturno

Judiciário manda Petrobrás reembarcar três trabalhadores que sofreram retaliação ao serem repentinamente desembarcados na segunda (09)

Petrobrás brinca com o perigo! Depois de agir arbitrariamente desembarcando três capacitados profissionais, convocou supervisores e profissionais ainda inexperientes, colocando em risco a vida de todos.

Na quarta (11), enquanto o Sindipetro-RJ aguardava respostas da Petrobrás sobre o desembarque forçado de três Técnicos de Segurança da UMS, que ocorreu na segunda (09/09), a empresa praticou o envio de e-mails, trocando a escala de dois trabalhadores para a noite, sabendo que a paralisação está em curso e cada vez mais forte.

Ainda no dia 11/09, a juíza do Trabalho, Gabriela Canellas Cavalcanti, concedeu liminar favorável ao Sindipetro-RJ e decidiu:

-que a Petrobrás tem 24h para reembarcar os três Técnicos de Segurança que foram arbitrariamente desembarcados;

-que a Petrobrás tem 72h para negociar a contingência com o Sindipetro-RJ;

-que a Petrobrás se abstenha de efetivar novos desembarques de trabalhadores que se recusem a cumprir o horário além do que foram regularmente escalados; e

-que a Petrobrás se abstenha de alterar escalas de serviços pré-definidas.

A juíza ainda intimou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a se manifestar em 15 dias.

A primeira audiência entre as partes foi marcada para o dia 24/09.

Veja o documento: Liminar UMS

Prática da Gerência é condenável

Rasgando a sistemática estabelecida por ela própria, a Gerência local, confirmando as denúncias que o Sindipetro-RJ recebeu, substituiu os três Técnicos de Segurança – que foram forçosamente desembarcados – por supervisores.

Em outra situação, profissionais da terceirizada BK, que não possuem experiência no serviço, fizeram no máximo três embarques e, portanto, não há garantias de que estejam aptos para emissões de Permissões de Trabalho (PTs) e de Requisições Adicionais de Segurança (RAS) nas complexas plataformas de Búzios.

E, em condição ainda mais inadmissível, novos petroleiros, em primeiro embarque e em fase de tutoria, estariam sendo levados a fazer até liberação de PTs!

É uma vergonha que enquanto os petroleiros protestam por direitos, a empresa feche os olhos até para a Segurança!

Mais grave ainda

Há ainda outro fator alarmante: algumas unidades estão em iminência de parada programada, quando a quantidade de trabalhos de alto potencial aumentam significativamente!

Não é possível que esse tipo de ocorrência aconteça na Petrobrás!

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