Base do Sindipetro-RJ suspende greve

Assembleias deliberaram a suspensão do movimento no Rio

Em assembleias realizadas na manhã desta sexta-feira (1) a categoria petroleira deliberou a suspensão da greve na base do Sindipetro-RJ iniciada na última quarta (30/5).

Mas não deixaremos de encaminhar imediatamente as medidas necessárias para retomar a greve nacional unificada contra a privatização, o equacionamento e perda de direitos. Por isso,  propomos a realização de uma plenária nacional de todos os sindipetros para realização.

A luta dos caminhoneiros, petroleiros e demais categorias em luta contra Temer e as privatizações aumentou a pressão contra Pedro Parente e trouxe para a sociedade a desfaçatez da política de preços.

Contraditoriamente, esse episódio demonstra também a dimensão da traição que foi a suspensão da greve, num conjuntura de um governo na margem de erro e com Pedro Parente com a corda no pescoço, esta era justamente a hora de avançar!

O avanço da greve poderia derrubar Parente, sua política de preços, o desinvestimento! Esta é nossa missão, por isso está errada nesta conjuntura a tática de greve de advertência por tempo determinado. Mais ainda, desmontá-la no primeiro dia.

A anunciada saída de Pedro Parente da direção da Petrobrás não vai esmorecer a nossa luta, pelo contrário. Só dá mais ânimo para impedir que o desmonte do sistema Petrobrás seja de fato consolidado pelo governo neoliberal de Temer. Esta renúncia também deve ser analisada com cautela pela categoria, pois pode ser apenas mais uma estratégia para perdermos o foco da mobilização.

Ciente do momento político atual, o Sindipetro-RJ tem clareza de que a luta tem sido árdua na defesa da categoria e da Petrobrás. Prossigamos na Luta, para que de fato possamos intervir no destino da empresa, inclusive na escolha da presidência, e do país.

Propostas aprovadas para as assembleias desta sexta

Apesar do recuo momentâneo no quadro nacional ainda que, até onde sabemos, continuam mobilizadas bases do RJ, SE, PA e MG, mas, por outro lado, com uma avaliação que as assembleias que ocorreram simultaneamente na manhã desta sexta orientaram a desintensificação do movimento, a certeza que temos é que a luta não acabou e teremos que, em breve, retomar a greve nacional petroleira. Por isso, apresentamos algumas propostas a serem apreciadas nas assembleias:

  1. PAUTA

Reafirmar nossa pauta – contra a privatização e a consequente ameaça a nossos empregos, o absurdo equacionamento da Petros e a perda de direitos (AMS, Benefício Farmácia, Plano de Carreira, PLR, SMS e uma série de ataques e descumprimentos ao nosso ACT)

 

  1. PLENÁRIA NACIONAL

Subscrever a convocação imediata, para que se realize na próxima semana, de uma plenária nacional de todos os Sindipetros, FUP e FNP, em busca da unidade nacional

 

  1. CAMPANHA JUNTO À POPULAÇÃO

Articular movimentos sociais e sindicais em uma campanha pela recuperação de nossas refinarias, pela diminuição do preço do gás de cozinha, da gasolina, do diesel, do alimento na mesa do trabalhador. Elaboração de um manifesto petroleiro para dialogar com amplos setores da população.

 

  1. GREVE GERAL – FORA TEMER E PARENTE!

Exigir que as Federações e Centrais Sindicais convoquem uma greve geral que coloque em xeque a política neoliberal do governo e da gestão da empresa.

 

  1. SEGUIR MOBILIZADOS

Manter o Estado de Greve e Assembleia Permanente

 

  1. BALANÇO DA GREVE – PREPARAÇÃO, CONDUÇÃO E DESFECHO

Para aumentar nossas chances de ganhar a guerra, precisamos aprender com cada batalha. Por isso é importante que as assembleias façam um balanço dos últimos dias – as propostas de pauta levadas às assembleias inicialmente e o que foi construído depois; pauta, data, duração, intensidade; forma que foi conduzida por seus dirigentes – organização nos locais de trabalho, democracia nas decisões, postura perante às ameaças jurídicas e gerenciais; desmonte ao final do primeiro dia).

 

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