É hora de unir as bases rumo à Greve Nacional em defesa da Petrobrás e de nossos direitos

Essa é a tarefa que nos cabe e que nossa categoria deve depositar e desaguar todas as energias. Não é de hoje que a Petrobrás vem sendo desmontada e vendida, nossos direitos retirados e dezenas de milhares de operários e operárias demitidos. Agora o governo Temer anuncia o avanço desses ataques colocando à venda 25% do refino do petróleo brasileiro, além das FAFENs. Isso tudo depois das vendas de campos terrestres e da implementação de planos que levaram a demissão de mais de 12 mil petroleiros diretos, além de dezenas de milhares de terceirizados.
 
Fazemos o chamado à defesa de uma Petrobrás 100% estatal e da soberania de nosso país. Lutamos e fizemos greves históricas contra os governos FHC, Lula e Dilma toda vez que esses nos atacaram e privatizaram o petróleo brasileiro. Foi com independência de classe que soubemos enfrentar todas essas medidas e esses governos. É verdade que muitas vezes, especialmente durante os governos do PT, tivemos de passar por cima das direções de federações como a FUP e centrais como a CUT, pois as mesmas abandonaram a independência de classe, mas o fizemos e agora havemos de fazer novamente. É hora de unir as bases rumo à greve nacional em defesa da Petrobrás e de nossos direitos. Chega de privatização!
 
Nós nos pautamos por essa história e, por esse motivo, deixamos explícito que que não vamos comungar com aqueles “dirigentes” que tentam confundir, e ao final dividir, a categoria tentando enfiar goela a baixo da gente a pauta de defesa de Lula. Não apoiaremos e não participaremos de ações dessa natureza. Chamamos o conjunto de nossa categoria a exercitar seu histórico de luta, de unidade e de combate. Vamos juntos construir a greve nacional petroleira. Fora Temer, fora todos os corruptos!
 
 
Prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores!
 
A prisão de Lula e agora a condição de réu na Lava Jato de Aécio, somado a condenação de corruptos como Cunha, Cabral e outros, não põe fim a impunidade. É preciso investigar, condenar e prender todos os corruptos e corruptores, independente de que partido sejam. Também é preciso confiscar os bens de todos eles e estatizar as empresas envolvidas nesses escândalos. 
 
Manter essa bandeira histórica do movimento é decisivo nesse momento e nós o fazemos sem abandonar nossa posição de que é impossível confiar nessa justiça. Nós sabemos de que lado está a justiça quando estamos em greve ou quando nossos irmãos de classe ocupam uma terra. Nós sabemos que nas periferias não existe essa de “primeira instância”, “segunda instância”. Nos bairros pobres os filhos de nossa classe, a trabalhadora, são “julgados e condenados” pela violência policial. Não é à toa que dos cerca de 700 mil encarcerados de nosso país, metade nunca teve um julgamento sequer! 
 
A justiça é dos ricos, no entanto, isso não nos impede de defender que corruptos sejam condenados. É com essa compreensão que nós dizemos que não cabe confundir nossa luta por direitos, em defesa da Petrobrás e da soberania nacional, com defesa de nenhum envolvido ou condenado por corrupção.
 
 
A FUP perdeu a independência de classe!
 
É preciso unir toda a categoria, os 18 sindicatos e, nesse momento, as duas federações. Convocar já uma greve nacional por tempo indeterminado que tenha como centro a luta contra a privatização e a defesa de nossos empregos e direitos, esse é o desafio que temos. Cada um, individualmente tem a liberdade de defender o que pensa e a liderança que quiser, mas, não podem tentar impor que toda a categoria se submeta, por exemplo, a ficar defendendo Lula quando o momento exige unidade. 
 
Essa postura da FUP (Federação Única dos Petroleiros) divide a categoria e é mais uma repetição do abandono da independência de classe por parte da direção dessa federação. Precisamos superar isso e, como dizem os companheiros do Sindipetro PA/AP/AM/MA: “Greve pra defender a Petrobrás e nossos direitos sim, pra defender Lula, não contem conosco!”. Em vários momentos, principalmente durante os governos do PT, enquanto a categoria estava disposta a lutar, pronta para greve, essa federação abandonou a luta. Mais uma vez estamos diante de uma necessidade e oportunidade de construir a necessária unidade para lutar e é isso que deve ser priorizado; só assim derrotaremos esses ataques. É hora de uma greve por tempo indeterminado.
 
 
Ousadia e independência de classe. É o que cabe à FNP nesse momento
 
Esse é mais um momento daqueles que havemos de afirmar com força uma alternativa de direção para nossa categoria. Frente ao atual cenário, ousadia e independência de classe é o que cabe a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros). Devemos despejar todos os nossos esforços para a construção da mais ampla unidade de ação e a construção de uma poderosa greve nacional da categoria contra os ataques do Governo Temer.
 
Nossa federação não pode se deixar levar pela confusão plantada pela outra federação que tenta impor a política do PT e, consequentemente, a defesa de Lula em detrimento da real necessidade da categoria que é a nossa luta contra os ataques aos nossos direitos e a ofensiva privatista. A tarefa de nossa federação é seguir apostando na luta direta e na força de nossa categoria para enfrentar esses ataques. Devemos impulsionar imediatamente a realização e participação em assembleias de base que votem e definam a data de nossa greve por tempo indeterminado, bem como pela conformação imediata de um comando nacional de base com a representação dos 18 sindicatos da categoria. 
 
 
É preciso que todos construam a reunião nacional no dia 03 e o ato unitário convocado pela FNP no dia 04 de maio.
Vamos juntos construir um calendário de lutas e a greve nacional!
Greve nacional petroleira, já!

Chega de privatização!


Todo o petróleo tem de ser nosso!


Por uma Petrobrás 100% estatal sob controle dos trabalhadores!


Prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores!


Estatização de todas empresas envolvidas em escândalos de corrupção!


Pela retomada de todas as obras do sistema Petrobrás!

 
ASSINAM: Diretores da FNP: Eduardo Henrique (RJ), Claiton Coffy (RJ), Vinícius Camargo (RJ), Sergio Paes (RJ), Nascimento (RJ), Clarckson Araújo (SE), Eduardo Amaro (AL), Bruno Dantas (SE), Alealdo Hilário (SE/Cobap), Lourival Junior (PA), Agnelson Camilo (PA) Diretores dos Sindpetro-RJ: André Buca, Brayer Grudka, Dener Fabrício, Marcos Dias, Ricardo Bogado, Thiago Macedo; Diretores do Sindpetro-AL/SE: Gilvani Alves, Paulo Silva, Pedro Messias dos Santos (Pedrão), Manoel Moisés, Enilde, Freitas e Cristiano; Diretores do Sindipetro-Amazônia: Jiumar e Bruno; Cipeiros da Revap: Reynaldo Santana, Marcos Marques, Luiz Ricardo de Miranda; Oposição MG: Eugênio, Nélio Silva, Carlos Roberto, Anirton, Gustavo Helmod; Oposição RN: Bira, Romero; Oposição NF: Pedro Vilas-Bôas, Clausmar, Rafael Sedov, Thiago Chagas; Oposição Caxias: Fernando Ramos, Claúdio Mariano, David, Deni; Oposição ES: Taquil, Lírio; Oposição SP: Laura, Sanches, Margarido, Marcinho, Márcio Toledo, Duarte; Oposição BA: Leninha, Ednaldo.

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