Ocupações, debates, manifestações e vá- rias outras atividades levaram pelo menos 150 mil mulheres às ruas de diversas cidades do Brasil, neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. Com pautas gerais como a reforma da Previdência, contra todo tipo de violência e a luta contra o feminicídio, ou mais específicas como o fim da intervenção militar no Rio de Janeiro, a mulherada do campo e da cidade mandou seu recado pela igualdade de direitos.

Nas manifestações, faixas e cartazes enfatizaram a gravidade da atual situação de entrega das riquezas brasileiras, de desmonte dos direitos trabalhistas e os avanços contra o estado de direito. No Rio, onde milhares de mulheres se reuniram na Candelária sob forte chuva seguindo em passeata até a Assembleia Legislativa (Alerj), as petroleiras marcaram presença. A programação das mulheres petroleiras começou com panfletagem na sede da Transpetro. Na terça teve bate papo com trabalhadoras no TABG e banquinha no EDISE e no Ventura.

Quarta (7) foi dia de conversa no CENPES e no EDISEN. E na quinta, além da passeata, teve roda de conversa de mulheres no EDISEN. Na Petrobrás somos cerca de 16% de mulheres e, na base do Rio de Janeiro, representamos mais de 36% do todo. Apesar de salários iguais, as condições para ascensão na carreira não são as mesmas, somos as maiores vítimas de assédio sexual, terceirizadas enfrentam a precariedade dos vínculos de trabalho. Denuncias de ataques físicos a mulheres ou câmeras em banheiros femininos na área operacional da Petrobrás, contam com relatos recentes. Ou então a proibição das recepcionistas dos pré- dios administrativos do Centro do RJ de cruzar as pernas. Estavam presentes seis centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central Sindical, Força Sindical, UGT, CSB, Intersindical, e mais de 60 organizações feministas.

(Versão do impresso Boletim 60 do Sindipetro-RJ)

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