Dados da Petrobrás que não incluem trabalhadores terceirizados apontam forte crescimento de contaminados
Com o Brasil mergulhado na inoperância e negacionismo do desgoverno Bolsonaro, o número de mortos diariamente por COVID-19 se mantém em alta. Sem políticas governamentais apropriadas, a variante Ômicron se espalhou, os leitos voltaram a acusar alta ocupação nos hospitais e os não vacinados são os mais expostos.
Se é fato que não está sendo disponibilizado um programa de imunização de acordo com a necessidade imposta pela pandemia, por outro lado muitos só tomaram a primeira dose e ainda temos os que não quiseram se vacinar. Mas, tanto um motivo quanto outro são de responsabilidade do desgoverno Bolsonaro, que se empenha em divulgar de forma permanente informações contra a saúde pública, como o uso de remédios comprovadamente ineficazes para barrar ou tratar a doença.
Indicados por Bolsonaro falham na gestão da pandemia
De forma generalizada, a irresponsabilidade dos gestores nomeados por Bolsonaro agrava a situação nacional. O Ministério das Minas e Energia, por exemplo, que vinha publicando boletim semanal de monitoramento da doença no setor, reunindo dados de 12 empresas e do próprio Ministério, tem como última postagem o boletim 87 de 14 de dezembro de 2021! https://www.gov.br/mme/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins-covid-19
Casos diários na Petrobrás
Na Petrobrás, a falta de transparência e de respostas aos ofícios enviados pelo Sindipetro-RJ levou, por exemplo, o Sindicato a ter que entrar com uma ação para ter acesso a dados sobre a doença. A empresa recorreu até com mandado de segurança, mas perdeu. https://sindipetro.org.br/petrobras-entra-com-ate-com-mandado-de-seguranca-para-enviar-relatorios-covid-19-incompletos-ao-sindipetro-rj/
Hoje, os relatórios são enviados, sob decisão judicial, revelando que a situação na estatal piorou em 2022. Analisando os relatórios semanais desde o dia 3/01 até o último dia 06, houve pelo menos um caso por dia de COVID-19 confirmado no edifício Senado, considerando inclusive os sábados e domingos. Neste mesmo período, o EDIHB teve somente um dia (23/01) sem algum caso confirmado.
Veja o aumento progressivo de casos
mapa em 16/01/2022
mapa em 30/01/2022
Nas plataformas, são recorrentes as notícias sobre surto desde o início da pandemia. No início deste mês, houve denúncia de um navio afretado pela Petrobrás que estava com a metade dos embarcados contaminados!https://sindipetro.org.br/stim-star-arabian-gulf-com-covid/
Na UTE-BLS/BF, o crescimento das contaminações ocorreu em pouco tempo com a chegada da variante Ômicron, mas já em 2021 houve óbito de dois terceirizados. Em ofício à empresa, datado de 27/01, o Sindipetro-RJ propõe uma série de medidas contra a doença. Carta n. 019 – UTE x Covid
Terceirizados fora do mapa
A mão de obra terceirizada não está contemplada nos relatórios feitos pela Petrobrás sobre COVID-19 e é a parcela de trabalhadores na empresa que está sendo mais afetada pela doença. Reféns de prestadoras de serviços, esses terceirizados têm enfrentado regras impostas pelos gerentes que são nocivas à saúde como a de obrigação ao retorno presencial quando, por exemplo, suas funções estavam sendo cumpridas plenamente no teletrabalho como é o caso, recentemente denunciado, dos assistentes sociais. https://sindipetro.org.br/terceirizados-estao-sendo-obrigados-ao-retorno-presencial/
Judiciário suspendeu atividades presenciais
Com decisão favorável aos petroleiros em processo movido pelo Sindipetro-RJ, a juíza do Trabalho decidiu pela suspensão das atividades presenciais no administrativo da Petrobrás durante o mês de fevereiro. https://sindipetro.org.br/sindipetro-rj-decisao-suspende-atividades-adm-petrobras/
Se você está numa situação de risco para a sua saúde, entre em contato com o Sindicato e denuncie! contato@sindipetro.org.br