Os salários dos petroleiros e a desconstrução de uma “jabuticaba” jornalística neoliberal

Petroleiros respondem à matéria facciosa que mais uma vez falta com a verdade sobre a realidade dos empregados da Petrobrás

O Estadão publicou uma reportagem na sexta-feira (25/03), com um título pejorativo, “Jabuticabas perduram na Petrobrás e turbinam ganhos de funcionários”, que mais um vez tenta pechar os empregados da Petrobrás como privilegiados e que vivem às custas de regalias pelo fato da empresa ser uma estatal. A matéria é assinada pelo jornalista de economia, José Fucs, um conhecido defensor do neoliberalismo no Brasil.

Infelizmente, esse tipo de abordagem em relação aos trabalhadores da Petrobrás não é nenhuma novidade. A manipulação dos fatos e retirada de foco de temas que formam o contexto da companhia e dos seus trabalhadores, que omite a realidade da priorização dos acionistas, que embolsam R$ 101 bilhões, cerca de 95 % do lucro da empresa, em 2021, inflada pela prejudicial política de preços – Preço de Paridade de Importação (PPI), que achaca assalariados, promovendo transferência de renda; das privatizações em que se vendem ativos a preço de banana, alimentando a política de pagamentos de bônus para altos executivos da empresa; ataques contra aposentados e pensionistas que sofrem com achaques em forma de equacionamentos em seu fundo de pensão (Petros) e aumento de descontos no plano de saúde (AMS), são aspectos que em nenhum momento foram relevados na reportagem de Fucs para o Estadão.

Por isso, o Sindipetro-RJ , mais uma vez, faz esclarecimentos importantes diante de mais esse ataque contra os empregados da Petrobrás. Não bastasse a gestão bolsonarista, que corta direitos, pulveriza ativos e promove demissões em massa, os trabalhadores da Petrobrás são alvo de um sistema comunicacional controlado pela mercado financeiro, propagador de um ideário que criminaliza o trabalho e defende a entrega de recursos do país.

Se os petroleiros se equiparassem aos garçons, teriam um reajuste de 75% em seus ganhos

Como em 2021, todo o Custo de pessoal (salários, vantagens, benefícios, sejam diretos ou indiretos), inclusive com gastos não recorrentes e ganhos absurdos para o presidente, diretoria e alta gerência, ficou em R$ 32,052 bilhões (5,6%) perante as Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços que superaram os R$ 567,449 bilhões, só a gorjeta passaria dos 56 bilhões de reais. Assim, se os Petroleiros conquistassem uma equiparação com os garçons do país, passando a receber um salário mínimo, mais a gorjeta de 10, 12% de tudo que produziram e venderam, teriam um aumento que ultrapassaria os 75%.

É isto mesmo que você entendeu, relativamente a toda riqueza que produzem, os trabalhadores ficam com muito pouco. E, considerando a Petrobrás, os trabalhadores brasileiros são mais explorados que os trabalhadores estrangeiros ou das empresas internacionais (veja nos gráficos abaixo). Um contrassenso, pois o recurso que ficaria no país, em valorização ao trabalho espetacular dessa categoria, segue, em boa parte para grandes bancos estrangeiros. É um total disparate, mais ainda nesse momento de crise em que melhores salários, criariam mais compras no comércio, mais demanda na indústria, serviços e agronegócio e, por consequência, mais empregos. Alimentando esse ciclo virtuoso, do emprego e da dignidade, ao invés do ciclo vicioso da concentração de renda, redução do consumo das famílias e da demanda, corte no emprego e demissões e parada de investimentos.

Salários menores que dos concorrentes

O economista do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), Gustavo Machado apresentou um estudo comparativo com os salários das Petroleiras internacionais e a discussão das empresas estatais e privadas, desmitificando o mito do empregado que vive de regalias na Petrobrás.

 

 

No estudo publicado, em julho de 2021, no Observatório Social da Petrobrás (OSP), o economista explica sua metodologia.

“Para uma análise correta da situação, devemos, portanto, comparar a remuneração dos trabalhadores da Petrobrás com as demais empresas do setor que concorrem no mercado mundial, isto é, as grandes empresas internacionais responsáveis pela extração de petróleo e gás em todo o mundo. Nesse sentido, o presente estudo compara a remuneração média dos trabalhadores das principais empresas de capital aberto do mundo, cujos dados salariais foram divulgados” Um limite é que as empresas estadunidenses do setor não divulgam informações salariais, como a EXXON MOBIL e a CHEVRON. Ainda assim, conseguimos uma amostragem significativa que abrange gigantes do setor como a empresa norueguesa EQUINOR, a britânica BP, a francesa TOTAL, a italiana ENI, a espanhola REPSOL e as chinesas PETROCHINA e CNOOC” – disse.

Ainda segundo Machado, os dados foram extraídos dos relatórios anuais das respectivas empresas. Para efeito de comparação, foi calculada a média salarial como resultado da relação entre a massa salarial divulgada pela respectiva empresa e o total de trabalhadores diretos empregados. Em todos os casos, os respectivos valores foram convertidos para o dólar seguindo a cotação média anual, de modo a permitir a comparação. O estudo é referente à remuneração média em 2020, de todas empresas indicadas.

 

Como podemos ver, a remuneração média anual na Petrobras é a segunda mais baixa de toda amostragem considerada. Ela é 67% menor que a remuneração média dos trabalhadores da norueguesa EQUINOR, 60% menor que a britânica BP e mesmo 14% abaixo da chinesa CNOOC. A única empresa cuja média da remuneração anual em 2020 ficou abaixo da Petrobrás foi a gigante chinesa PETROCHINA, com 49 mil dólares de remuneração média anual. Mesmo nesse caso, a tendência na evolução da remuneração de ambas as empresas são opostas, como indicamos abaixo:

 

Confiscos nas aposentadorias, aumento dos descontos do plano de saúde e não reposição da inflação

No último período, inclusive durante os governos do PT, os reajustes dos petroleiros não superaram os reajustes do salário mínimo. No acumulado, então, nem se fala. Mesmo com uma reformulação no plano de carreira em 2006, para equiparação ao mercado e parte de reajustes reais no período – alinhados ao que ocorreu em toda a iniciativa privada no período, os reajustes se mantiveram alinhados ao mercado de trabalho e desalinhados dos crescentes resultados (desenvolvimento dos investimentos, tecnologias e produção do Pré-Sal e aprimoramento do Refino e Gás e Energia) e dos lucros operacionais e financeiros que já revelavam o novo patamar em que os trabalhadores elevaram a Petrobrás.

 

 

 

Sem descontar, desse acumulado de reajustes, as perdas impostas pelo confisco nas aposentadorias no Governo Temer, e mantidas por Bolsonaro (Planos de Equacionamento de Deficits), bem como dos reajustes abusivos no custeio do plano de saúde que significaram redução salarial para a categoria e retirada do direito daqueles aposentados de menores salários e mais adoentados. Uma covardia instrumentalizada no Governo Temer e desferida pelo mandante Bolsonaro por meio de suas indicações políticas à presidência, diretorias, gerências da Petrobrás.

Indústria da hora-extra”, uma fakenews

Um crime da gestão anterior (Castello Branco/Cláudio Costa), sem quaisquer dúvidas, foi o corte do valor da hora-extra. Um inibidor financeiro contra a exploração ilimitada da força de trabalho Petroleira. O que a bandidagem empresarial cunhou como indústria da hora extra, na verdade é a prática da atual gestão contra o conjunto dos trabalhadores. Exigem mais e mais horas-extras do pessoal das áreas operacionais (Plataformas, Refinarias, Terminais), aumentando o cansaço, o adoecimento, os acidentes e as mortes, sem sequer ter uma penalidade de custo que iniba tal prática contra os trabalhadores. Mantendo um efetivo de fato insuficiente e não provendo novos concursos. Quanto a contracheques gordos por horas-extras, o abuso na convocação por parte da gerência ou a sua preferência por profissional, ficavam expressos. O andar de cima, se quisesse, podia coibir ambos. No entanto, este ganho ainda seria fruto de trabalho e não de pagamento de propina pela privatização ou prêmios por resultados que não deu causa.

Plano de saúde nunca foi regalia na Petrobrás, os trabalhadores, aposentados e pensionistas pagam pelo benefício

Uma calúnia contra a categoria, que a mídia ainda reproduz, que Castello Branco proferiu em uma teleconferência – foi, e é, a de que, trabalhadores inadimplentes lesavam o plano de saúde e ainda o mantinham. Havia e há na legislação e no ACT da categoria o que se chama de margem consignável que limita os descontos no contracheque a fim de que o sujeito não tenha atacado o seu direito ao salário ou boa parcela dele para a manutenção de sua sobrevivência e da família. Ainda, no caso, também havia limite para os descontos do plano de saúde, a fim de que no momento do adoecimento do profissional ou de alguém da família seu salário mensal não fosse muito reduzido. Este mecanismo acabava por parcelar valores maiores e impagáveis. Por isso, há um saldo devedor ao longo do ano, mas que não pertence ou pertencia aos mesmos trabalhadores durante todo o período.

O pior dessa calúnia é que, posteriormente (2021), a própria Petrobrás/Petros admitiu que por seu erro (também do Castello/Cláudio Costa) não promoveu, por anos, os descontos adequados de rubricas da AMS (Plano 28, Benefício Farmácia) inflando o tal saldo devedor que Castello “denunciava” e a mídia reproduz. A picaretagem e incompetências são tão grandes que o “gestor” denunciou um saldo devedor para o qual contribuiu decisivamente na sua formação.

Descontos abusivos nos contracheques

Pior, no início de 2021, lançaram contra os contracheques dos aposentados, estes saldos para desconto desconsiderando os erros da gestão e o prazo de formação desses saldos.

Um escárnio. Sequer informaram a categoria ou pensaram em parcelar os descontos no mesmo prazo de formação desses saldos devedores. Por isso que o povo acaba defendendo que bandido bom, é bandido morto. Vamos ver se os justiçamentos/linchamentos avançam ao andar de cima. Portanto, de fato, os trabalhadores petroleiros na Petrobrás não ganham nem o que merecem e nem o que faria bem à dinâmica da economia nacional.

Os fatos e a necessidade de avançar

Portanto, de fato, os trabalhadores Petroleiros na Petrobrás não ganham nem o que merecem e nem o que faria bem à dinâmica da economia nacional. Agora, com dois anos de pandemia, a Petrobrás bateu recordes de produção no Pré-Sal, de exportação de óleo combustível, bunker, petróleo, implantaram um novos sistemas de produção no Pré-Sal, melhorias nas refinarias, aumentaram a produtividade no teletrabalho, mesmo sem o devido treinamento, adaptação ou suporte.

Por tudo isto, e muito mais, pois os petroleiros brasileiros ganham muito menos do que os de outros países (ver quadro abaixo sobre salário em dólar de um engenheiro de petróleo no exterior), têm total mérito para terem suas remunerações aumentadas com reposição das perdas da inflação e ganhos reais proporcionais às entregas que fizeram para que esses recursos fiquem no país e dinamizem a economia brasileira criando empregos.

O privilégio – Pagamento de Propina pela Privatização

O modelo de pagamentos de incentivos de curto prazo, para a alta administração da Petrobrás, aos mesmos moldes do que grandes bancos e empresas, que fraudaram o mercado na crise de 2008, praticava

https://sindipetro.org.br/?s=Ppp

O privilégio que de fato há na Petrobrás é um incentivo de curto prazo, o do pagamento de propina pela privatização dedicado, inclusive, aos indicados por Bolsonaro à presidência, diretorias e altas gerências. Gente que não trabalhou para os resultados do momento, mas que será premiada com bônus polpudos que revoltam a maioria dos trabalhadores petroleiros, como demonstrado em pesquisa recente que a própria Petrobrás promoveu sobre meritocracia (Ver matéria https://sindipetro.org.br/o-papo-furado-da-meritocracia/) .

Inclusive, os sindicatos o combatem por entender que o mesmo é ilegal, imoral e perverte a chance de uma gestão consequente com os interesses da própria empresa e do país. Há decisão judicial sobre o tema e parecer do MP (https://monitormercantil.com.br/mpt-e-favoravel-a-extincao-de-ppp-nos-lucros-da-petrobras/) .

Na Petrobrás quem tem regalias são os chefões, e não os trabalhadores

Esse programa, foi criado sob encomenda por Castello Branco (ex-presidente da Petrobrás) ao seu gerente de RH, Cláudio Costa – aquele mesmo demitido por operar com informações privilegiadas na bolsa e ter sido denunciado e estar sob investigação por manobrar por dentro da Petrobrás em favor das grandes operadoras de saúde em detrimento dos trabalhadores e da empresa.

O programa, de cara, beneficiava sobremaneira os dois: um como presidente e o outro como gerente executivo com bônus , múltiplos de suas polpudas remunerações. Seu modelo é espelho do padrão remuneratório que foi um dos ingredientes da quebradeira e toda a corrupção do sistema privado na crise de 2008, que levou prejuízos para todo o mundo, inclusive abalando economias nacionais, e que perduram até hoje.

De fato, esse privilégio, é um forte fator que explica toda essa corrupção dos altos preços dos combustíveis em cada bomba dos milhares de postos distribuídos pelo país e da venda de ativos e desinvestimentos, da privatização, beneficiando grupos internacionais, contra a Petrobrás e o Brasil, logo antes de um reajuste brutal de preços nacionais, crescimento da demanda (Gás e Fertilizantes) e instabilidades crescentes no mercado externo que revelam a exigência da manutenção do plano de investimentos, que Bolsonaro e seus gestores escolhidos, teimaram em não promover, por incompetência completa e ou corrupção descarada.

Público e notório

Na categoria petroleira ganhou repercussão uma declaração dada por Claudio Costa, ex-gestor de RH da empresa que foi demitido, em 2021 por usar informações privilegiadas para ganhar dinheiro com títulos da Petrobrás no mercado financeiro, em uma reunião para explicar o PPP, em que atrelou o aumento da renda dos funcionários da empresa à venda de ativos. “Os funcionários e executivos só vão chegar ao topo da remuneração com o desinvestimento, porque as metas financeiras incluem a desalavancagem (redução do compromisso do caixa com o pagamento da dívida), que depende da venda de ativos” – confessou na cara de pau. Esta fala foi dada em uma apresentação na Universidade Petrobrás (UP) em 18 de junho de 2019.

O cálculo do disparate entre o “primo rico e o primo pobre” na Petrobrás

O Sindipetro-RJ publicou em abril de 2019 uma matéria (https://sindipetro.org.br/ppp-programa-de-pagamento-para-a-privatizacao/ ) com simulação de cálculo em que compara o menor prémio com o maior de um chefão, tendo como base o relatório contábil de 2018 da Petrobrás. Enquanto um trabalhador ganha de “prêmio”, por exemplo, a partir do valor aproximado de R$1.500,00, o menor prêmio de um funcionário, a gerência e a direção, poderão ganhar R$ 300 mil, R$ 400 mil, R$ 1,5 milhão. Isto é, até mais de 1.000 vezes o que o trabalhador de menor remuneração receberia do PPP na empresa, a partir da aplicação do fator mínimo de 0,4 vezes. Um verdadeiro disparate de desigualdade!

Por exemplo, ainda considerando os números do relatório contábil de 2018, o prêmio do então presidente da empresa, Roberto Castello Branco dá pouco mais de 29 anos da menor remuneração paga na Petrobrás (Dez/2018 – 3.707,32)

1.517.895,60 / (3.707,32 x 14 Remunerações por ano) = 29,2451458 anos.

A concorrência e a corrupção

A quem interessa macular a imagem da Petrobrás e de seus dos trabalhadores?

Quem desdenha está comprando os negócios da Petrobrás.

Os grandes críticos da Petrobrás, normalmente, são beneficiários dos esquemas de corrupção que envolvem os negócios da privatização da Petrobrás e da especulação em bolsa. Agem em favor das empresas de petróleo internacional ou dos grupos empresariais de corrupção no país. Vimos a bandidagem das empreiteiras. Agora, começamos a vislumbrar a bandidagem das petroleiras internacionais, dos grandes bancos e fundos de investimentos. O descaramento é tão grande que , mesmo com toda a privatização que avançou, os preços dos combustíveis seguem subindo à medida da solidificação dos monopólios e oligopólios privados formados a partir dos ativos entregues a preço de banana pela Petrobrás por pressão do CADE, decisão do Governo Bolsonaro dentro da Petrobrás e toda a falsa propaganda na TV de que a privatização garantiria concorrência ou de que a empresa estaria quebrada.

No Brasil, sempre foi diferente, quem desenvolveu mercados e garantia a concorrência era a Petrobrás. Também, o abastecimento, era a Petrobrás. Olhe a contradição, produzimos petróleo a baixo custo, somos exportadores líquidos de petróleo (nunca tivemos estas duas condições), podíamos já ter concluído a implantação de uma nova Refinaria no país, bem como novas fábricas de fertilizantes e unidades de produção de gás natural combinado com os gasodutos para a distribuição e não o fizemos pela incompetência do governo que dirigiu a Petrobrás a maximizar seus lucros no curto prazo. E estamos sangrando, ao invés de preparados para irmos tocando até um pós pandemia de convívio e um pós guerra em que, até lá, a energia e todos os derivados, ganham maior importância estratégica como condição para o desenvolvimento e potencialização dos investimentos. Enquanto os outros trocam bombas, cresceríamos a partir de vantagens competitivas do povo brasileiro, como é a Petrobrás e como são as reservas do Pré-Sal.

O privilégio do andar de cima rentista

Quando foi aprovada em 2017, no governo de Michel Temer, a Reforma Trabalhista prometia mais empregos em troca de menos direitos, mas não foi isso que aconteceu. Em cinco anos o que se percebe é que aumentou o desemprego.

O que se confirmou com o tempo, entretanto, foi o aumento da informalidade e da precarização das condições de trabalho, pendendo, obviamente, contra o trabalhador. Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente cerca de 14,1 milhões de pessoas em busca de emprego; 7,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Já a taxa de trabalhadores sem carteira assinada chegou, este ano, a 40,8% da população ocupada. Os dados são da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada em setembro de 2021.

A reforma trabalhista também provocou a redução salarial, uma vez que a contratação na modalidade intermitente, por meio da qual o empregador somente paga pelas horas de serviço efetivamente trabalhadas, também reduziu o valor dos salários. Em realidade, a retirada de direitos dos trabalhadores propiciou mais acumulação de dinheiro aos patrões, e essa lógica também se reproduz na Petrobrás e no discurso quanto a pretensos privilégios entre os trabalhadores.

O modelo neoliberal que corta direitos e transfere renda aos mais ricos, adotado nos últimos governos, se exacerbou com a política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes, mais evidente na pandemia. O 1% mais rico do Brasil passou a deter 49,6% da riqueza total do país em 2020, ano do começo da pandemia. Esse percentual inédito é 2,7 pontos mais alto em relação ao registrado em 2019. Os dados são do relatório Riqueza Global, publicado anualmente pelo banco Crédit Suisse. Até os bancos estrangeiros reconhecem o desastre das reformas no Brasil.

 

 

 

 

 

 

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