Votação pra representante dos empregados no CA da TBG vai até domingo

Em fase de votação de 1° turno, a eleição pra representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) vai até este domingo, 5 de fevereiro.

Das 9 candidaturas, 2 concordaram formalmente com os 19 pontos defendidos pelo Sindicato no âmbito dessa eleição. Preferiram, contudo, deixar a divulgação, assim como um debate público, prum eventual segundo turno.

A apuração do 1° turno vai ser no dia 6 de fevereiro.

Veja os 10 pontos de compromissos elencados pelo Sindicato para as candidaturas: https://sindipetro.org.br/eleicao-para-representante-dos-empregados-no-ca-da-tbg/

A TBG está no rol de privatizações empreendidas pela hierarquia privatista do Sistema Petrobrás. Depois que o Lula foi eleito pra presidir o Brasil pela terceira vez, o Sindicato, ainda antes da posse do novo governo, entregou a integrantes do Grupo de Trabalho de Energia da Transição de Governo um dossiê contra a eufemisticamente chamada venda de ativos. Nesse contexto, solicitou formalmente a retirada da TBG do rol de privatizações. Depois, já com o novo governo empossado, esteve numa reunião de vários setores do movimento sindical com o Lula e numa outra com o vice-presidente eleito, Alckmin, nas quais também pleiteou o fim das privatizações. Em recente reunião com o novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, o Sindicato reiterou o pedido, ressaltando, entre outros aspectos, a importância estratégica da TBG pra integração energética e geral da América Latina, sendo o Gasbol fruto também de esforços diplomáticos.

O CA não é um espaço democrático. Basta dizer que os empregados têm direito a apenas uma cadeira nessa instância e que sua representação está vedada a participar das decisões diretamente de remuneração e outros direitos geralmente englobados sob a denominação “benefícios”. Os documentos normativos alegam conflito de interesses. E impedem que integrantes de diretoria sindical se candidatem se não saírem da diretoria do Sindicato. Mas permitem tranquilamente que privatistas, que, em diversos casos, se beneficiam com a venda de empresas ou com a privatização da sua lógica de funcionamento. Uma luta importante, portanto, é por uma profunda democratização das instâncias de decisões estratégicas da empresa. Enquanto isso, do ponto de vista tático, é interessante que a vaga de representante dos empregados no CA seja ocupada por alguém comprometido com uma lógica pública de administração, e isso passa por combater a privatização em suas mais diversas formas.