Estamos enfrentando um dos momentos mais difíceis da história da Petrobrás. São sucessivos ataques internos e externos que colocam em risco a integridade do Sistema, com a entrega de grandes e estratégicas riquezas brasileiras ao capital internacional. Uma política de governo que compromete o futuro da empresa, dos empregos dos petroleiros e petroleiras e suas famílias e dos bilhões de brasileiros que verão as poucas políticas existentes de saúde, educação e moradia se extinguirem. É um cenário global de desregulamentação.

Na contramão do que lutamos, uma Petrobrás integrada do “poço ao posto”, com investimentos em desenvolvimento tecnológico, melhores práticas operacionais, retenção de talentos brasileiros, respeito à segurança e integridade dos trabalhadores, geração de emprego e renda nas comunidades em que atua, ouvimos o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, em audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara, reafirmando a “estratégia da companhia” de reduzir sua presença nos segmentos de refino, logística e distribuição.

Em 24/07, foi anunciada a venda de 35% da participação na Petrobrás Distribuidora por US$ 2,5 bi, cerca de R$ 9 bi, para 160 investidores de diferentes países como Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, entre outros, mostrando a insensatez do desmonte da empresa e do patrimônio do Brasil. A venda, na prática, representa a própria privatização da subsidiária e assim mais uma parte essencial da Companhia é ofertada a preço de banana e sob controverso entendimento jurídico. Seguindo sua política de destruição, a ANP confirmou recentemente que está programada para novembro, a 6ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção de quatro áreas do Pré-Sal. O megaleilão que deixará nosso país ainda mais pobre e dependente das multinacionais ofertará blocos na Bacia de Campos e Santos. Em suma, muito já foi entregue e mais se planeja entregar. Até quando deixaremos acontecer?

Versão do impresso Boletim Especial  – Assédio Moral

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