Bolsonaro e Paulo Guedes tentam pegar de todas as formas os recursos do Brasil para entrega aos seus chefões do capital. Vendem a Eletrobrás para garantir PPI e meter a mão no FGTS

Na segunda-feira (06/02), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Bolsonaro e Paulo Guedes anunciaram medidas que pretendem zerar os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol, na tentativa de aliviar a inflação e desonerar o preço do combustível e gás de cozinha. A medida confirma a covardia de Bolsonaro, ou compromisso, em não mexer na política de preços da Petrobrás.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta custará entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões. O valor, contudo, não vai seguir as regras do Orçamento: ficará fora do teto (regra que limita o aumento do gasto público à inflação do ano anterior) e fora da meta fiscal. Ou seja, Bolsonaro e Paulo Guedes resolveram aplicar à famosa “pedalada fiscal”, que foi motivo para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Além disso, Bolsonaro e Paulo Guedes querem também zerar o ICMS incidente sobre os combustíveis, até dezembro de 2022, usando o dinheiro obtido com a privatização da Eletrobrás, mais de R$ 29 bilhões, cujas ações já estavam sendo oferecidas a clientes de bancos, aceitando como pagamento o FGTS dos trabalhadores, para compensar os estados. Em realidade, uma verdadeira ciranda financeira no estilo que fazem os especuladores do mercado financeiro, que no final das contas vai se paga pelos trabalhadores.

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