Candidato da FNP vence no C.A da Petrobrás

Eleito pelos petroleiros e petroleiras para representar a categoria no Conselho de Administração (CA) da Petrobrás, Christian Queipo aposta na visão de uma empresa integrada de energia e pautará seu mandato na luta por uma estratégia sustentável de integração vertical da cadeia de negócios da Petrobrás, além de denunciar as graves consequências que o Plano de Negócios e Gestão idealizado pelo presidente Pedro Parente e seus diretores poderá gerar para o futuro da empresa, dos petroleiros e para o desenvolvimento nacional.

Com o apoio do Sindipetro-RJ, da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), da Federação Nacional do Petroleiros (FNP) e seus sindipetros, Christian obteve 53,15% dos votos, derrotando Danilo Silva, candidato da Federação Única dos Petroleiros (FUP), na maioria dos locais de votação, incluindo algumas bases fupistas.

Engenheiro químico e trabalhador na Petrobrás desde 2007, o novo conselheiro defende um mandato participativo. O Sindipetro-RJ defende a realização de plenárias do mandato para estabelecer um canal direto com as bases. Durante o processo, o sindicato denunciou o caráter antidemocrático e restritivo tanto das normas para as candidaturas à eleição do C.A., como da participação em determinados temas por força do regimento do Conselho. Essa vitória representa o sentimento da maioria dos trabalhadores de que o caminho tem que ser a defesa da Petrobrás 100% estatal,integrada do poço ao posto e indutora do desenvolvimento nacional. Em recente entrevista à revista Brasil Energia, Queipo aponta entre os eixos centrais de sua futura atuação no Conselho, a reavaliação do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás. Ele é contra a diretriz atual no tocante aos desinvestimentos, e a forma de gestão dos grandes empreendimentos da companhia. Também criticou a ausência de uma estratégia que devolva à Petrobrás o papel de impulsionadora do desenvolvimento nacional, em oposição à visão financista que tornará a companhia “cada vez mais dependente das empresas estrangeiras”. “Nenhum país se desenvolveu exportando petróleo por multinacionais”, afirma Christian.

(Versão do impresso Boletim 61 do Sindipetro-RJ)

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