Trabalhadores do CNCL rejeitam proposta de vale refeição/ alimentação

Após longas discussões sobre os riscos da implantação de vale refeição/ alimentação, a base CNCL rejeitou a minuta e o termo de concordância apresentados pela Transpetro com 66 votos contra, 9 a favor e 3 abstenções

A partir de parecer jurídico do Sindipetro-RJ, a base compreendeu a importância da lei 5.811/72, que traz segurança e inclusive norteia a questão da alimentação saudável no ACT da categoria que poderia ser facilmente abandonada pela empresa caso o vale fosse implantado.

Como divulgamos em matéria recente (http://sindipetro.org.br/v-r-ou-v-a-no-cncl/), a implantação dessa proposta da empresa poderia acarretar vários fatores negativos como demissões de copeiras e nutricionista. Haveria também o risco à saúde dos próprios trabalhadores que acumulariam a função de terem de preparar o seu próprio alimento no horário de trabalho, já que esse tema não foi contemplado na proposta da Transpetro.

É importante destacar que a empresa sequer garantiu fornecimento de utensílios básicos (garfo, faca, colher, pratos, etc.). Tampouco a empresa preocupou-se em prever espaços para o armazenamento de alimentos e eletrodomésticos caso os trabalhadores desejassem não transportar esses itens para o trabalho a cada jornada. Nem especificou na proposta o número exato e satisfatório de microondas, mesas ou cadeiras.

Portanto, a empresa apresentou uma proposta muito precária, onerando o trabalhador a ter de fazer comida em casa, preparar no trabalho, lavar seus próprios itens e carregá- los novamente para casa (salientando- se novamente que o preparo da comida e lavagem dos utensílios seriam no horário da atividade laboral, ou seja, o monitoramento dos técnicos de operação estaria prejudicado). Os trabalhadores teriam que repetir essa rotina a cada jornada ou pedir alimentação na modalidade delivery, onde não é possível o controle nutricional ou de qualidade.

Fila de marmita

Com a obra do “Novo CNCL”, os operadores foram para o TECAM. Na pandemia, houve mudanças e os trabalhadores foram separados em dois grupos: sede e TECAM. No Terminal, onde a permanência da operação é esporádica, seria ainda pior: todos os técnicos de operação teriam que fazer toda as atividades citadas acima com apenas um microondas e um forno elétrico. Ou seja, haveria uma “fila de marmita”. E o agravante: em Campos Elíseos as opções de delivery são infinitamente menores em relação ao Centro do RJ.

Com a rejeição da proposta, o CNCL é a primeira base do Sindipetro-RJ a negar a proposta prejudicial da empresa aos trabalhadores. A empresa foi comunicada do resultado da votação através de Ofício 

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