Destruição da Universidade Petrobrás: mais um capítulo

Após péssima repercussão do desmonte do Espaço Terra e Petróleo, com denúncias e cobranças de toda parte, gestão resgata promessa de reinstalação

Em mais um movimento brusco e violento da direção da Petrobrás, o desmonte do Espaço Terra e Petróleo cumpre mais uma das etapas da destruição da Universidade Petrobrás, a nossa UP.

Depois de um longo período a servir como espaço de livre visitação dos empregados para conhecer um pouco da geologia do petróleo, os seus dias de utilidade foram abruptamente encerrados nesta quarta (24). A vaga promessa de reinstalação do espaço antes da desativação fora descumprida a partir do início do desmonte. O Espaço teve seu acervo parte destruído e parte desmobilizado sem a menor intenção de preservar seu significado. A partir de tamanho disparate, começaram a correr denúncias e cobranças pelas redes sociais. A péssima repercussão pressionou a gestão, que resgatou às pressas a promessa da reinstalação, apesar de não haver garantias e nem confiança por parte da força de trabalho.

Soma-se a isto a biblioteca que já foi desmontada, com seus livros doados, segundo o Sindipetro-RJ pôde apurar. Restam dúvidas sobre o que foi triturado, bem como sobre o destino dos vários CDs e DVDs que compunham o acervo e as inúmeras monografias produzidas pelos empregados da Petrobrás, e que serviam a preservar a nossa capacidade técnica única, tão “valorizada” no PNG da Companhia.

Tudo se deu de forma atabalhoada. Petroleiros da UP informaram que os presentes na ocasião foram convidados a ver se algum dos volumes interessava para seu trabalho e desta forma recolheram alguns. Foi dito a eles que volumes únicos seriam despachados para a biblioteca do EDISE, mas ninguém tem certeza do destino. Sequer sabem se foi feito inventário antes desta desmobilização.

Segundo uma fonte, somente as bibliotecas do CENPES e do EDISE sobreviverão à Idade das Trevas que atravessamos. Essa política de perseguição ao saber faz lembrar muito o Index e outras atrocidades da Inquisição, do tempo dos Castellos.

Acha que acabou? Não!

A perversidade em destruir tudo quanto for possível terá seu próximo ato em setembro: todos os profissionais especialistas, técnicos da UP, estão sendo desovados nas áreas de negócio. O GG Juliano está cumprindo o papel de passar o pires ofertando os profissionais da educação corporativa no melhor estilo Black Friday Petrobrás.

Mas a promessa do presidente Castello Branco será cumprida. A UP não vai acabar.

Só esqueceram de contar que será um monte de salas vazias com uma plaquinha na porta!

Texto da base e do Sindipetro-RJ

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