Direção da Petrobrás quer inviabilizar a AMS para ativos, inativos e pensionistas

A proposta do novo modelo de AMS apresentada pela direção da Petrobrás incluída na negociação do ACT dos petroleiros, muda totalmente a relação da categoria com seu plano de saúde. Não só tenta aumentar a participação dos petroleiros no custeio da AMS, como oferece uma distribuição da contribuição de grande risco e aumenta em muito a participação dos mais velhos neste custeio.

Existem situações em que petroleiros pagam mais de 200% neste reajuste. Já na simulação, empregados com até quatro dependentes saem de uma faixa de contribuição de R$ 200,00 para R$ 700,00. É um salto perverso que vai afetar muitos aposentados e pensionistas pela falta de condições de manter esses pagamentos. A FNP obteve uma liminar que está vigente a qual impede a aplicação da Resolução 23 da CGPAR em nosso ACT, mas a hierarquia Petrobrás ignora esta decisão.

Precisamos entender que a AMS está sendo preparada para um cenário de privatização e a forma como a direção da empresa está querendo colocar em prática a resolução da CGPAR em nosso Acordo Coletivo de Trabalho é para aumentar mais a descriminação contra os companheiros aposentados, aposentadas e pensionistas que construíram a Petrobrás ao longo desses anos. É também um ataque contra os empregados ativos, pois também aumenta em muito a contribuição do grande risco.

Entenda o que a direção da Petrobrás quer fazer com a AMS
A empresa insiste na mudança do custeio de 70×30 para 60×40 no primeiro ano e já querem que a categoria aceite 50×50 no segundo ano. O grande argumento é a adequação à resolução 23 da CGPAR. No entanto, essa resolução já teve seus efeitos suspensos por liminar da FNP que representa a maioria numérica da categoria. Deveriam respeitar a liminar e não impor a aplicação da resolução 23.

Além disso, o PDL 956 que tramita no congresso também questiona a mesma resolução. Aliado à passagem da gestão da AMS para uma associação de natureza privada, tudo isso é um projeto de desmonte violento no nosso plano de saúde, justamente quando o cenário mais exige cuidados médicos! Prejudicará aposentados e pensionistas, que são grupo de risco e já estão sofrendo por conta do equacionamento. Isso é brutal!

O fato é que o ataque à AMS combina com a política genocida do governo atual e reduz o passivo para privatização da empresa. Não podemos deixar isso acontecer!

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