É verdade esta história de CLT? Chantagem, assédio e terrorismo: as novas armas da gestão

A 3ª contraproposta da direção da Petrobrás é uma afronta à categoria, pois retira direitos e reduz a remuneração dos trabalhadores, enquanto os lucros e resultados da Petrobrás crescem, a remuneração dos acionistas dobra e é antecipada e a da alta gerência é multiplicada com PRVE/PPP.

A proposta de ACT “na lona” já nasce amplamente repudiada pelos trabalhadores e a direção da empresa está ciente. Por isso, esta semana a empresa lançou um operativo de guerra, convocando reuniões gerenciais para obrigar empregados a votar contra si mesmos.

O terrorismo da vez é espalhar que, se não nos submetermos, passa a valer a CLT automática e tranquilamente. Além desse não ser o histórico na Petrobrás e em outras empresas, não há qualquer obrigação legal que leve a isso. Não conseguiriam fazê-lo com tanta facilidade.

Seria muita irresponsabilidade negocial, administrativa, jurídica.

Menos direitos [ e ] menos empregos

Se cedermos agora, os ataques não cessarão neste ACT. Pelo contrário: no próximo, já partirão de um ACT extremamente rebaixado até “chegarem na CLT”.

A Petrobrás está quebrada e precisamos nos “adaptar para sobreviver”?

O projeto de desmonte (casado com este ACT) carrega em si desemprego, salários e direitos rebaixados. Não caia na chantagem desonesta de que você precisa escolher entre direitos ou emprego. Isso não está em negociação, já avisaram que haverá demissão em massa, não pretendem trocar uma coisa pela outra, embora queiram te convencer disso.

Para impedir a perda de direitos agora e depois, o fechamento de postos de trabalho, a venda de ativos e todo o plano que Bolsonaro e Castello nos reservaram, a resposta tem que ser agora: rejeitar a proposta e resistir ao assédio.

Todos os sindicatos e federações – e o resultado das primeiras assembleias – mostram o caminho: lotar as assembleias e mostrar que não temos sangue de barata, rejeitar a proposta e organizar a greve!

Xô assediadores e paus mandados!

Todos que estão pressionando seus subordinados não são bem vindos nas assembleias dos trabalhadores e serão identificados! Grave as reuniões e guarde para os futuros processos judiciais. Em último caso, lembre-se que você pode votar em qualquer assembleia, inclusive em outra unidade, e exercer seu direito sem nenhum tipo de pressão! Mas o ideal é se somar a outros colegas da sua unidade e votar ali mesmo.

Nossa luta hoje não é apenas contra a perda de direitos, mas também veementemente contra o assédio!

 

 

Versão do impresso Boletim CXXXIV

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