Grande parte dos petroleiros do país rejeitou a proposta da Petrobrás. A FNP defendeu e aprovou em suas bases a luta em defesa dos direitos dos petroleiros e a greve no dia 3 de janeiro. Enquanto isso, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) defendeu a assinatura deste acordo com retirada de direitos e, até o fechamento desta edição (22/12), não divulgou os números que indicariam que boa parte de sua base repudiou esta atitude covarde. Mas a hora não é de lamentar. É o momento de se organizar e resistir a estes ataques, mostrando que a categoria petroleira continua a dizer não a este acordo coletivo proposto pela Petrobrás, que mantém discriminações e a precarização da AMS e do Benefício Farmácia. Porque quem cala consente, e os petroleiros não podem se omitir agora.

A greve sempre foi, historicamente, a principal arma dos trabalhadores nas lutas por seus legítimos direitos, a principal forma de pressão, coletiva e organizada, sobre governos e empresas que, como a Petrobrás, querem impor um ACT rebaixado. Em 2015, por exemplo, foi uma greve de petroleiros que impediu a empresa de impor uma drástica redução no percentual de cálculo das horas-extras. Agora não será diferente e os petroleiros já compreenderam isto, como mostram os resultados das assembleias das bases da FNP, incluindo o Sindipetro-RJ.

As assembleias debateram e aprovaram também a realização de atos contra a terceirização das operações prediais. Dia 27/12 (quarta-feira) é o Dia de Luta Contra a Terceirização da Operação e estão marcadas duas manifestações: às 7h, no Cenpes (Praça das Bandeiras); e às 12h, no Edise (Av. Chile). Nesse mesmo dia dia 27, a partir das 17h, no Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34 – Centro), também acontece a plenária de organização da greve pelo ACT. Compareça.

Os trabalhadores das unidades que operam subestações de energia, simuladores, minirrefinarias, laboratórios de pesquisas, controle de dutos e centros de tecnologia da informação, processos de automação que exigem especialização, experiência e, sobretudo, comprometimento com a Petrobrás. Os petroleiros resistem e denunciam os riscos desta atitude.

Na última terça (19/12), a 21ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro acolheu requerimento do Sindipetro-RJ e expediu mandado para determinar à Petrobrás e à empresa Nova Rio que prestem informações do contrato de prestação de serviços, bem como suspendam o referido contrato, firmado em setembro deste ano para operação predial do Edise/Gedise. A decisão foi proferida em ação civil pública proposta pelo jurídico do Sindipetro-RJ.

Em tempo: O Sindipetro-RJ repudia a decisão unilateral do Gerente Executivo do Cenpes de mudar o regime de alimentação dos trabalhadores do turno da unidade. As assembleias estão discutindo o tema. Voltaremos ao assunto no próximo boletim.

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