Representantes de nove centrais sindicais, reunidas nesta segunda (29) em São Paulo, decidiram pela organização de nova greve geral em junho, contra Temer e as reformas. A data vai ser definida em nova reunião na próxima segunda (5), em conjunto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Ainda não foi decidido se será de 24 ou 48 horas. A data será entre os dias 26 e 30 de junho. A perspectiva é de um movimento ainda maior que o de 28 de abril.

Além da paralisação, a proposta é a realização de atos nos estados, cobrando o voto contrário de deputados e senadores aos projetos. Algumas centrais deverão fazer ato diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça (6), data prevista para o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

O relator do projeto da reforma trabalhista (PLC 38), tucano Ricardo Ferraço (ES), rejeitou todas as 193 emendas que foram apresentadas no Senado. Com isso, o projeto não precisará voltar à Câmara, apressando sua votação em plenário. O projeto da reforma trabalhista tem previsão de votação para a próxima terça, dia 7 de junho.

 

CPI – Em evento nesta segunda-feira (29) advogados especializados em Direito Previdenciário em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que a reforma proposta pelo governo para o setor parte de diagnósticos equivocados.

Advogados do ramo do Direito Previdenciário foram unânimes em afirmar, em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que a reforma proposta pelo governo para o setor parte de diagnósticos equivocados e premissas seletivas. Para eles, a reforma é “aberrativa” e leva o país “para o abismo”. A audiência, realizada nesta segunda-feira (29), foi a sexta promovida pela CPI para tratar do assunto. Entre as críticas, a de que o cálculo que aponta déficit previdenciário mistura os servidores públicos federais e os militares ao Regime Geral da Previdência Social, apesar destes terem regimes próprios, com custeio à parte, e não integram a seguridade social.

A audiência também teve a participação de Maria Lúcia Fatorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, participou da audiência e pediu que a CPI identifique as causas do rombo nas contas públicas do país e sugeriu o estudo das conclusões de outra comissão de inquérito, a da Dívida Pública, realizada pela Câmara dos Deputados entre 2009 e 2010.

 

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