Povo de Jujuy resiste aos ajustes neoliberais e a repressão de governo entreguista

O Sindipetro-RJ pontua sua solidariedade à luta do povo de Jujuy e expressa repúdio contra a repressão promovida pelo governador da província argentina, Gerardo Morales

A província de Jujuy, Norte da Argentina, é palco de uma série de protestos contra o governo provincial de Gerardo Morales, integrante da oposição de direita ao governo peronista de Alberto Fernandez, a coalização ‘Juntos Pela Mudança”.

Resistência ao arrocho do FMI

Os protestos foram iniciados há pelo menos duas semanas pelos professores, juntamente com os trabalhadores da província na reivindicação de aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho, sempre atacados por conta dos ajustes orçamentários impostos pelo FMI. A resposta do governador Morales foi um decreto estabelecendo multas para quem se manifestasse publicamente e autorizando a demissão dos grevistas. Além disso, Morales propôs uma reforma constitucional da província que restringe o direito à manifestação no território.

A luta contra o entreguismo e na defesa da terra

Jujuy tem na composição de sua população a predominância de povos indígenas nativos da região, possuindo vastos recursos de lítio, um dos minerais mais importantes das baterias elétricas e matéria-prima essencial na transição energética.

Uma das propostas da reforma autoriza o governo provincial a entregar terras públicas a empresas privadas para exploração de minérios. Em parte dessas terras públicas, atualmente muitas comunidades indígenas vivem da agricultura.

No último dia 20/06 (feriado nacional do Dia da Bandeira na Argentina), as comunidades camponesas indígenas e trabalhadores mineiros realizaram uma grande mobilização contra Morales e sua reforma constitucional.

Em resposta, o governo provincial aumentou a repressão contra os manifestantes que atacaram o Legislativo. O saldo foi de numerosos feridos (entre 50 e 70), incluindo idosos e crianças e um número aproximado de 20 pessoas detidas ilegalmente e levadas diretamente para as prisões.

 

Imagem em destaque  Lara Sartor/Télam

 

 

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