Leilão será mais um capítulo da entrega do Pré-Sal

Leilões reduzem de 92% para 77,8% participação da Petrobrás como concessionária. E segue a entrega das reservas de petróleo brasileiras às empresas internacionais.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza nesta quinta-feira (7), a partir de 9h, em um cenário de luxo e ostentação, no hotel Grand Hyatt, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a 4ª Rodada de Partilha, o leilão que vai “doar” mais uma parte do patrimônio brasileiro.

Se não bastassem, no presente, a venda de ativos, a privatização da Petrobrás, a partir da âncora de vinculação dos preços nacionais às variações de preços no mercado internacional, ainda destroem as perspectivas futuras de controle da produção nacional pelos trabalhadores brasileiros e pela Petrobrás, a cada novo leilão de petróleo e nova parceria da Petrobrás com os seus concorrentes.

O resultado desses leilões, conforme anuários estatísticos da ANP, já expressam seus nefastos resultados com a redução das participações da Petrobrás como concessionária, tanto na produção nacional de petróleo quanto de gás natural: em 2012 a Petrobrás produzia 91,6% do petróleo, contra 81,5% em 2016 (que já reduziu a 77,81% em 2017); e em relação ao gás natural, em 2012 produzia 89,9% e em 2016, 78,6%. Devido às “parcerias nos leilões”, a Petrobrás ainda responde por mais de 93% da operação e se mantém como a terceirizada preferida das concorrentes.

E em mais uma Rodada de Partilha, a 4ª, vamos assistir novamente a continuação de um enredo já manjado, em que veremos mais uma vez a consolidação do papel (secundário) da Petrobrás, com o protagonismo das petrolíferas cada vez mais acentuado. A audiência da concorrência estrangeira agradece.

 

 

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