Negligência em socorro pode ter matado terceirizado na bacia de Campos

Um trabalhador terceirizado morreu no domingo de Páscoa, a bordo do navio de mergulho Skandi Achiever que presta serviços à Petrobrás na Bacia de Campos. Luciano de Carvalho Pinto, de 42 anos, foi encontrado desacordado e dado como morto, vítima de infarto fulminante, mas a família alega negligência e falta de atendimento adequado, e diz que o taifeiro ainda estava vivo quando foi socorrido por enfermeiros. Pessoas próximas de Luciano dizem, até mesmo, que seu corpo foi congelado ainda com vida.

Dores no peito

No entanto, os parentes do operário alegam que ele havia se queixado anteriormente de dores no peito, mas foi ignorado. Já vimos este tipo de tratamento, também em terra, especialmente com trabalhadores terceirizados. A exemplo da morte de Vanusa da Conceição Amorim, trabalhadora da empresa Nova Rio no CENPES, ocorrida em junho de 2017, em situação de falta de atendimento adequado. Em um texto que circulou por whatsapp, uma mulher presente ao enterro de Luciano, realizado na terça-feira (23), e que se identifica como esposa de um colega dele, que também trabalhava embarcado, diz que nem sequer as técnicas de ressuscitação foram aplicadas e que o trabalhador teria morrido de fato apenas na segunda, o que implicaria em Luciano ter sido colocado em uma geladeira ainda com vida.

 Petrobrás nega erros

Segundo o jornal o Dia, a Petrobrás nega erros no procedimento. Luciano trabalhava para a empresa Uniflex Group – Catering & Supply Services, que prestava serviço para a petroleira. Em contato com a reportagem, a Uniflex disse que seu funcionário sofreu um infarto fulminante, e que não houve falhas no socorro. O sindicato da base do Norte Fluminense emitiu nota em que garante que vai exigir a apuração do caso, e solicita que trabalhadores que tenham informação sobre o caso entrem em contato com o sindicato.

 

Luciano de Carvalho Pinto, presente!

 

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