Nota do Sindipetro-RJ em apoio à luta dos servidores da Saúde Municipal

O Sindipetro-RJ manifesta seu total apoio às lutas e mobilizações dos servidores terceirizados da saúde municipal do Rio, que há três meses estão sem salários devido à total irresponsabilidade e falta de compromisso da gestão Marcelo Crivella com a oferta de uma saúde pública, gratuita e universal para toda a população.

Além de não receberem seus salários em dia, os servidores convivem diariamente com uma rede de unidades de saúde — como hospitais, clínicas da família, ambulatórios e centros de atenção psicossocial — completamente sucateada, na qual tornou-se crônica a falta de medicamentos e materiais necessários à realização dos mais variados exames.

Para agravar o quadro, no início deste ano a gestão Crivella acabou com 200 equipes de saúde da família, provocando a demissão de 2.500 profissionais vinculados às organizações sociais (OSs) e deixando milhares de pessoas sem atendimento na rede municipal. O prefeito também contingenciou cerca de R$ 1,04 bilhão dos R$ 5,2 bilhões do orçamento previsto para a saúde em 2019, segundo levantamento feito pelo Sistema de Acompanhamento da Câmara Municipal (Fincon).

Cumpre ressaltar que as OSs são, na verdade, ONGs que administram os principais hospitais da rede municipal, como Pedro II, Rocha Faria e Albert Schweitzer, entre outros. Essas organizações são, em essência, regidas pela lógica do lucro, embora se apresentem como instituições do chamado ‘terceiro setor’. Na prática, as OSs são uma forma disfarçada de privatização, o que atenta contra os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), pois saúde não é mercadoria. Saúde é dever do Estado e direito da população.

Todo apoio à luta da saúde municipal.

Diretoria Colegiada do Sindipetro-RJ

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