Da farsa da meritocracia à tentativa de calar qualquer voz dissidente

Nas estações de trabalho do CENPES, VENTURA e SENADO o clima é de re­volta , desestímulo e constrangimento. Nestas unidades trabalham três colegas reconhe­cidas por sua dedicação e capacidade profissional, que foram punidas recentemente. Seus crimes? De­fender a categoria.

Ano passado, a direção da empresa já perseguia Moara Zanetti, assistente social da GP, por ter ques­tionado a implantação do PCR ao desempenhar sua função de dirigente sindical, eleita pela catego­ria. Alegando “conflito de interesses”, ameaçam-na de transferência e tolhem a continuidade das ativi­dades que desempenha há anos.

Semana passada, duas outras diretoras do Sin­dipetro RJ, Carla Marinho e Patrícia Laier, foram comunicadas da destituição de suas funções de consultoria, que já exerciam antes de atuarem no sindicato e após terem passado pelo último proces­so de revalidação, em 2018. A alegação: serem “ di­retoras sindicais ”.

É sintomático o ataque a três mulheres que se impõem e estão na defesa da Petrobrás, do Pré-sal e dos direitos do conjunto da classe trabalhadora. O avanço das mulheres no Sindipetro-RJ denota a luta que, diariamente, vem se intensificando, tanto na construção da unidade da classe trabalhadora na defesa de seus direitos no próximo dia 20/02, bem como nas manifestações do 8 de março – dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras. Mulheres, vale lembrar, que vêm protagonizando as grandes manifestações no Brasil e no mundo.

Tentam também impedir o Sindipetro-RJ de realizar campanha de sindicalização, mostras ou qualquer outra atividade nas unidades da Petrobras.

A Gestão de Pessoas incentiva abertamente a desfiliação do sindicato e pretende remover sindi­calizados de suas áreas ou atividades “estratégicas”, segundo denúncias que nos chegam.

Realizam investigações sem a participação do sindicato em incidentes de alto risco potencial. (Após protestos, envio de ofício por parte do sindica­to e da pressão da CIPA, prometeram para esta sema­na a convocação formal da Comissão de Investigação com participação do sindicato, seguimos alertas)

Promovem segregações (PCR/PCAC, com vaga/ sem vaga), dentro da categoria, que acabam por impedir a movimentação de trabalhadores até no interesse das partes. Pior, deixam profissionais em um limbo seja por não terem aderido, ao que diz­iam ser opcional (há denúncia até de destituição de função), seja por um critério de corte de custos que dizimou, inadvertidamente, os efetivos de algumas unidades organizacionais.

Os casos citados não são os únicos! Há, clara­mente, uma perseguição não só à direção sindical, mas a todo tipo de organização dos trabalhadores, que possa ser um dificultador da privatização e do corte de direitos. É esse o foco dessa gestão na ten­tativa de diminuir a nossa capacidade de luta con­tra esses desmandos!

Estas medidas afrontam o próprio código “de ética” da empresa e direitos constitucionais básicos.

REAGIREMOS À ALTURA!

Preste toda solidariedade a estas mulheres de luta, pelo direito constitucional à livre associação, à liberdade de expressão, pelo direito a lutar por nos­sos direitos. É hora de se fortalecer, fortalecer nossa coletividade.

É HORA DE SE SINDICALIZAR

PARTICIPE DAS CONCENTRAÇÕES NAS PORTAS DAS UNIDADES
EDIHB – Quarta – 13/02 às 12h30

CENPE S- Quinta – 14/02 às 11h30

EDISEN – Sexta – 15/02 às 12h30

ATO NO  VENTURA – Segunda – 18/02 às 12h30
EDICIN – Terça – 19/02 às 12h30

TEBIG – Quarta (13) / Quinta(14) /Sexta (15) / Segunda (18) às 12h30

 

Versão do impresso Boletim CVIII

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