Petrobrás adota lawfare para quem luta contra o seu desmonte

Dirigentes sindicais e petroleiro, autores de ações de suspensão da venda de refinarias e da BR Distribuidora são alvo de pedido de indenização da direção da empresa

Enquanto prossegue o processo de mediação conduzido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mais uma vez a direção da Petrobrás lança mão de artifícios assediadores, e, via judicial anuncia um processo contra dirigentes sindicais, exigindo reembolso financeiro por suposto prejuízo causado por conta das quatro Ações Populares com Pedido Liminar de suspensão da venda das refinarias RLAM, RNEST, REPAR e REFAP, além da BR Distribuidora.

Com isso, fica claro que a direção sob o comando de Roberto Castello Branco adota a tática do lawfare, uma “guerra” no emprego de manobras jurídico-legais contra as representações sindicais para que essas desistam de obstruir o processo de desmonte da empresa.

A direção da Petrobrás tenta intimidar e aciona os diretores do Sindipetro-RJ/FNP, Eduardo Henrique, Igor Mendes, Natália Russo e o petroleiro Marcello Bernardo Reis, exigindo uma compensação mínima de R$ 100 mil de cada um, em Ação Indenizatória de Danos Materiais e Danos Morais. Dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) também são alvos da direção da Petrobrás nesta ação.

Na intimação emitida no último dia 9 de setembro, e ordenada pelo Juiz de Direito Paulo Roberto Correa, está sendo convocada uma audiência de conciliação agendada para o dia 25 de novembro de 2019.

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