Plataformas em apoio a Alessandro Trindade e contra as perseguições a dirigentes sindicais

Trabalhadores das bases do Pré-Sal prestam solidariedade a dirigente sindical do Sindipetro-NF que foi demitido pela direção da Petrobrás por organizar doação de cestas básicas em terreno da empresa

Nesta quinta-feira (10/06), o Sindipetro-RJ de forma conjunta com Sindipetro-NF, participou de atividades e atrasos, no aeroporto de Cabo Frio-RJ com os trabalhadores das plataformas em apoio e solidariedade ao petroleiro Alessandro Trindade, diretor do Sindipetro-NF, que foi demitido de forma sumária por ter distribuído cestas básicas em terreno não utilizado pela Petrobrás em Itaguaí-RJ. Também no aeroporto de Jacarepaguá o Sindicato marcou presença em conjunto com o Sindipetro-LP.

Representação Sindipetro-RJ em fala no aeroporto de Cabo Frio

Essas atividades têm um caráter representativo da unidade petroleira entre FNP e FUP e de seus respectivos 17 sindicatos, face ao atual momento de perseguições e assédios contra dirigentes sindicais que vem sendo encaminhada de forma sistemática, a partir de práticas antissindicais, promovidas pela hierarquia da Petrobrás, que pune, processa e demite quem contesta e tem atuação sindical. Como, por exemplo, Alessandro Trindade e Wagner Fernandes (Sindipetro-CE/PI), este demitido por justa causa em 2020 por criticar o processo de privatização da BR Distribuidora, entre outros sindicalistas petroleiros, o que mostra o quanto a gestão bolsonarista e militarizada de Joaquim Silva e Luna reproduz e coloca em prática o discurso de Bolsonaro na empresa.

Polícia tenta intimidar ato em Cabo Frio

Uma prova patente deste modelo de perseguição foi a presença de agentes da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, acompanhados de um gerente da empresa, que marcaram presença no ato no aeroporto de Cabo Frio, tentando intimidar a atividade sindical conjunta, em que os sindicatos (RJ e NF) explicavam a natureza do ato aos petroleiros que se encaminhavam para seus embarques. O policial federal com um smartphone em mãos filmava as falas e o PM abordava as representações sindicais de forma intimidatória. Os policiais chegaram a adentrar a barreira de proteção sanitária, modificando a configuração de acesso.

 

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O Sindipetro-RJ repudia as perseguições contra dirigentes sindicais, e também as tentativas de intimidação por parte da hierarquia da Petrobrás que assim mostra, claramente, seu incômodo com a prática da democracia sindical e o direito de livre manifestação assegurado no Artigo 5º da Constituição Federal.

A gestão do general Silva e Luna precisa entender que os trabalhadores e trabalhadoras do sistema Petrobrás, assim como seus terceirizados, não devem e não podem ser submetidos a constragimentos que são comuns aos subalternos em casernas militares, ambiente que o atual presidente da empresa é familiarizado. A Petrobrás não é um quartel, “onde manda quem pode e obedece quem tem juízo”, citando o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

 

Ato conjunto do Sindipetro-RJ e Sindipetro-NF em Cabo Frio

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