Precisamos respirar, Fora Bolsonaro e governo genocida!

Descaso com a pandemia da COVID-19 e a tragédia em Manaus mostram que incompetência pode ser um projeto para o Brasil

As seguidas declarações ao minimizar a morte de mais de 200 mil pessoas por conta da pandemia e o verdadeiro “corpo mole” governamental, que é incapaz de mobilizar até um pequeno avião de transporte para socorrer a população de Manaus com cilindros para suprir a falta de oxigênio nas emergências hospitalares da capital do estado do Amazonas, mostram claramente como existe um descompasso da realidade brasileira, cujo povo chora seus mortos, e busca ajuda para respirar, além da atitude do governo federal negacionista que conduz o país criminosamente.

Pelo menos 28 pessoas morreram na última quinta-feira (14) por asfixia na UTI do Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, em consequência da falta de oxigênio para atender as vítimas da COVID-19.

O Hospital Universitário Getúlio Vargas, ligado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ficou cerca de quatro horas sem o insumo na manhã do mesmo dia.

Na segunda-feira (11), o ministro Eduardo Pazuello esteve na capital do Amazonas e continuou a ladainha mentirosa da Cloroquina, culpando, em documento, a gestão local pela crise de Manaus:

“Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção dos remédios pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação” – diz o documento.

Os remédios defendidos pelo governo federal, como Cloroquina e Ivermectina, não têm eficácia comprovada no tratamento da COVID-19.

UTIs do Rio já em colapso

Segundo especialistas da Fiocruz, após as festas de final do ano, o estado do Rio, já lidera o ranking nacional de taxa de mortalidade de COVID-19, que alcançou nesta quarta-feira (13) a maior média de mortes por dia (168) desde 24 de junho — um dos períodos mais críticos da pandemia. Com isso, os hospitais da capital registram lotação de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A ocupação de UTIs para COVID é de 99,8% na rede rede pública (SUS) da capital.

Ouvido pelo UOL, Alexandre Telles, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, criticou a desmobilização de mais um hospital de campanha: “foi uma decisão equivocada desativar o Hospital de Campanha do Riocentro sem um planejamento adequado e sem ter previamente conveniado os leitos com o setor privado”. A prefeitura estuda alugar leitos na rede privada, mas uma definição ainda não foi anunciada.

Diante da situação em Manaus, Rio de Janeiro e demais cidades do Brasil grassadas pela pandemia, o Sindipetro-RJ presta solidariedade às suas respectivas populações, pedindo que centrais sindicais, movimento social e demais entidades classistas lancem um movimento para por fim a esse imobilismo genocida deste governo federal.

Basta, exigimos vacinação já e insumos para unidades hospitalares para atendimento a pacientes afetados pela COVID-19!
Fora Bolsonaro e seu governo genocida!

Na Petrobrás os números aumentam

No Boletim de Monitoramento da COVID-19 do Ministério das Minas e Energia divulgado na última segunda (11), foi informado que mais um petroleiro morreu vítima de COVID-19, subindo para quatro o número de óbitos divulgados entre os trabalhadores contratados. Com mais de 100 novos casos por semana, dos 46.416 empregados efetivos, quase 10% já tiveram a doença. Confira o último boletim:39-BoletimMonitoramentoCOVID-11012021.
Os petroleiros mais vulneráveis ao coronavírus são os que estão em trabalho considerado essencial nas plataformas, refinarias, nos terminais e no Centro de Pesquisa. Na sexta (8), por exemplo, dos 16 desembarcados da plataforma P-35, na bacia de Campos, 2 testaram positivo.

Sindicato insiste em medidas eficazes

Desde o início da pandemia, o Sindipetro-RJ tem enviado ofícios à Petrobrás e solicitado em reuniões que a empresa adote todas as medidas protocolares, assim como sugeriu por diversas vezes o contingenciamento, mas a hierarquia bolsonarista prefere práticas ineficazes, incompletas e erradas como manter testados positivos no ambiente de trabalho, como aconteceu em 2020 no CENPES. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/direcao-da-petrobras-volta-fazer-testagem-para-covid-19-em-horario-de-expediente-no-cenpes/ .

Terceirizados são ignorados

Ao ser questionada sobre os dados referentes aos terceirizados, a Petrobrás mantém a postura de ignorar essa expressiva parcela de trabalhadores.

Ao produzir um boletim de monitoramento com dados das estatais que consideram apenas o pessoal efetivo, o Ministério de Minas e Energia omite a realidade da COVID-19 nas empresas, pois os terceirizados convivem no mesmo ambiente de trabalho com os trabalhadores efetivos.

Após lançar a “Campanha em defesa do SUS e pela vacina contra o coronavírus, já!” para lutar também contra as propagandas falsas sobre a vacinação que estão contaminando a internet. O Sindipetro-RJ realizou na quinta (14) uma live para debater o assunto, que contou com especialistas da Fiocruz, representantes do Fórum de Saude e atores sociais, confira na íntegra.

 

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