Segundo matéria da Folha de S. Paulo um terço do litoral brasileiro -2.500 km- foi atingido por manchas de óleo. O governo federal ainda não sabe dizer se o problema está perto de ter um fim. O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, disse que o vazamento que atinge as praias do Nordeste é “a maior agressão ambiental sofrida pelo país”. Nesta terça (29), em evento no Rio, ele comparou o impacto gerado ao do acidente em um poço da britânica BP, no Golfo do México, em 2010, um dos maiores da indústria do petróleo mundial.

“Provavelmente o volume de petróleo que já foi retirado das praias no Nordeste é semelhante ao que foi vazado da sonda Deepwater Horizon, que crestou à BP o equivalente a US$ 67 bilhões [ hoje cerca de R$ 270 bilhões].”

Globo tenta envolver Petrobrás na lambança do governo

O Globo publica que a reação do governo federal ao impacto do óleo na costa do Nordeste foi marcada por uma sucessão de falhas, problemas e improvisos, como mostram os registros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) sobre o dia a dia da tragédia ambiental que já perdura por dois meses. Mas o veículo tenta relacionar a Petrobrás a essa tragédia, citando uma possível inoperância da empresa.

Segundo o editorial, houve uma recusa da Petrobrás em fornecer mais gente para a retirada de óleo , além de outros fatores relacionados. Porém, não questiona onde estão outras empresas que operam no Brasil. Tampouco questionam o que fazem para resolver o problema. A direção da Petrobrás tem obrigação de manifestar-se sobre essas insinuações maldosas que têm sido levantadas pela imprensa “oficial”, tentando também responsabilizar a empresa pela ineficácia do governo federal nas ações de contingência do vazamento na Região Nordeste. Da mesma forma, busca-se mais uma vez sujar a reputação da companhia diante do público, talvez pelo incômodo de vê-la novamente como Top of Mind na categoria Marca que Representa o Brasil.

Nesta quarta (30), a Petrobrás em seu Blog Fatos e Dados limitou-se a informar que distribuiu mais de 10 mil kits de material impermeável e resistente, com luvas, botas, óculos de segurança e macacões, o equivalente a cinco toneladas de equipamentos. “Não recomendamos que voluntários ajudem na coleta de resíduos sem a proteção adequada” – informa.

 

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