Empresa de banqueiros e de fundos de investimentos (sempre eles!) desiste de comprar Polo de Urucu

A direção da Petrobrás informou, no último dia 28/01, de forma lacônica que finalizou sem êxito as negociações junto à Eneva S.A. para venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestres no Polo Urucu, localizado na Bacia de Solimões, no estado do Amazonas, não dando muitos detalhes sobre o fracasso desta privatização.

O Polo Urucu engloba concessões de produção (Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu), todas localizadas no Amazonas, nos municípios de Tefé e Coari, em uma área de aproximadamente 350 km2. Além das concessões e suas instalações de produção, a direção incluiu no pacote da pechincha as unidades de processamento da produção de petróleo e gás natural e instalações logísticas de suporte à produção.

Banqueiros e farialimers em mais um negócio de compra de ativos da Petrobrás

No início de 2021, a Eneva venceu na “repescagem” a disputa por Urucu, superando a 3R Petroleum, que havia ofertado inicialmente cerca de US$ 1 bilhão pela concessão. Durante a licitação, contudo, a 3R Petroleum retirou a proposta, reduzindo a oferta e a Petrobrás deu sequência às negociações com a Eneva, que ofereceu US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões). Mas pelo jeito, a negociação desandou e a direção da Petrobrás resolveu encerrar as negociações com a Eneva.

A Eneva tem como maiores acionistas o BTG Pactual e Cambhuy, fundo de investimentos da família Moreira Salles, com cada um detendo 22,93% de ações, e outros três sócios que atuam na gestão de investimentos do mercado financeiro, compostos pelas empresas Velt Partners, Atmos e Dynamo, com 5% de participação acionária para cada.

No final das contas, o que se percebe é que os abutres do mercado financeiro parecem que encontraram a “galinha dos ovos de ouro”, e por isso participam cada vez mais do processo de desinvestimentos e privatização do sistema Petrobrás, um programa entreguista e prejudicial aos interesses do Brasil, tudo isso sob o beneplácito de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

Em meio a tantas notícias que envolvem a pulverização de ativos do sistema Petrobrás, essa do cancelamento da venda de Urucu pode ser considerada uma vitória para a categoria petroleira, brasileiros e para quem defende uma Petrobrás forte e estratégica aos interesses do Brasil.

Todo apoio aos companheiros petroleiros do Sindipetro PA/AM/MA/AP em sua luta contra a entrega do Polo de Urucu!

Acesse o site e envie agora um email para governantes e pressione contra a privatização do Polo Urucu: www.urucudobrasil.com

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