Dando seguimento ao plano de desmonte que impõe à Petrobras, dentre outros absurdos, a saída integral do setor de distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo), em novembro de 2016 foi aprovada a venda da Liquigás Distribuidora para a Companhia Ultragaz S.A. pelo valor irrisório de R$ 2,67 bilhões.

A polêmica transação de venda estava sob análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), devido à consequente concentração de mercado (cerca de 47% para o GLP e 100% para gás propelente) nas mãos da Ultragaz. O veto foi dado na quarta-feira (28/02), por cinco votos a dois, tendo se tornado inevitável por uma questão regulatória: o artigo 21 da Resolução 15/2005 da ANP impede que uma empresa envase um botijão grafado com nome de uma concorrente. Com isso, seria inviável vender a marca Liquigás e se desfazer ao mesmo tempo de todos os 24,9 milhões de botijões da empresa espalhados pelo país. A recusa gera aplicação de multa à Ultragaz, em favor da Petrobras, no valor total de R$ 286,2 milhões.

A direção da Petrobras informou que analisa alternativas para este “desinvestimento”. “Fontes a par das discussões” afirmam que as opções incluem a busca de um sócio estratégico, o relançamento de nova oferta de venda ao mercado e até mesmo a oferta de ações na bolsa, com venda do controle da operação da Liquigás.

O Sindipetro-RJ e a FNP continuarão lutando contra a entrega de mais este ativo. Leia matéria completa em http://sindipetro.org.br/liquigas-uma-venda-injustificavel/

(Versão do impresso Boletim 59 do Sindipetro-RJ)

 

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