O dia 15 de maio representou o início da unificação das lutas contra o desmonte do Brasil. Em mais de 200 cidades, mais de dois milhões de pessoas saíram às ruas para demonstrar sua insatisfação contra um governo que não apresenta nada além do que um discurso de proteção ao capital e que freneticamente tenta desmontar direitos consolidados como a Previdência Social pública e universal para os brasileiros; que usa o sistema educacional do país para travar uma guerra ideológica contra quem pensa diferente; privatiza e entrega recursos para o imperialismo, como acontece com o Pré-Sal e a Petrobrás.

A Dallas a passeio

Enquanto isso, o presidente Bolsonaro, sim aquele que determinou cortes de 30% no orçamento da Educação, e que pretende tirar um trilhão de reais dos mais pobres e futuros aposentados com a reforma da Previdência, passeia na terra de J.R. Ewing, o personagem corrupto do mundo dos negócios do petróleo, do seriado enlatado americano “Dallas”, que fez sucesso na TV brasileira nos anos 1980, para receber um suposto prêmio fajuto da Câmara de Comércio Americana-Brasileira. Isso sem cumprir uma única agenda oficial de encontros com autoridades oficiais dos EUA, e que nem o prefeito de Dallas quis recebê-lo.

O próximo será maior

É inegável que esta viagem, claramente configurada como extraoficial, sendo paga com o nosso dinheiro, significa uma fuga dos protestos realizados nesta quarta (15). Já em Dallas, Bolsonaro disse que os atos eram compostos por manifestantes “idiotas úteis”. É bom o presidente voltar e encarar a realidade que terá que enfrentar : a pressão popular contra o desmonte do Brasil. No dia 14 de junho, todas as categorias, incluindo os petroleiros, estudantes e demais brasileiros que se importam com o futuro estarão nas ruas na Greve Geral contra a reforma da Previdência.

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