XV Congresso FNP 2025: Petrobrás é a responsável pelos déficits Petros

Foi unânime entre os palestrantes e congressistas que a maioria dos problemas no fundo de pensão são de responsabilidade da patrocinadora

Na quinta (05/06), a plenária de abertura do 15º Congresso da FNP sobre “Petros: negociação dos PEDs e Petros 2” contou com palestras do presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado; dos advogados Paulo Cesar Coelho e Marcus Antônio Coelho; e dos conselheiros eleitos Petros, Vinícius Camargo (Deliberativo) e Silvio Sinedino (Fiscal).

O presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado, chamou atenção para os  anos de luta em defesa da Petros, para os erros na administração da Petros e para a necessidade dos petroleiros se defenderem dos ataques à previdência privada.

“Devemos reconhecer que a luta dos conselheiros eleitos pela categoria que nos antecederam trouxe lucros para a Petros”, afirmou. E acrescentou que houve muitos avanços, como por exemplo, a criação de comitês de investimentos que confirmam se a política adotada está correta.

Os advogados apresentaram uma síntese sobre fatores históricos que influenciaram em desequilíbrios financeiros na Petros.

O conselheiro fiscal Silvio Sinedino falou sobre a gestão atual da Petros, ressaltando que a Petrobrás é a responsável por tudo que acontece na Petros, porque é ela quem nomeia os administradores que são os que aprovam as contas do Fundo. E afirmou que “um dos maiores problemas da Petros é a falta de continuidade administrativa”.

Sinedino também denunciou que um dos principais problemas na Petros identificados pelo Conselho Fiscal são a cobrança de débitos de despesas administrativas de planos instituídos, a falta de contratos de dívidas relativas aos PEDs, a longa interinidade em cargos importantes, os atrasos/indefinições na área de TI e a dificuldade da Petros em avaliar/mensurar todas as possíveis dívidas das patrocinadoras dos planos de benefícios.

Sinedino criticou a comissão quadripartite que “está preferindo fazer um acordo com a Petrobrás do que cobrar suas dívidas”. O conselheiro fiscal também apresentou um comparativo da Petros com outros fundos mostrando que existem problemas na Petros que podem ser resolvidos. E sobre a migração, afirmou que “ela vai trazer prejuízo incalculável aos que não migrarem”.

“Se nós não acreditarmos nos nossos direitos, quem vai acreditar? Não acredito na palavra da Petrobrás, mas acredito na força da categoria!”, concluiu Sinedino.

O conselheiro deliberativo, Vinícius Camargo, fez uma densa apresentação passando pelas leis regulamentares, pela repactuação, pela reforma da previdência e citou o relatório de cobrança de dívidas da Petros e os trabalhos da comissão quadripartite que têm por objetivo apresentar soluções aos PEDs.

É necessário garantir direitos e cobrar que a Petrobrás pague sua dívida com a Petros! 

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