Machismo na promoção Premmia

Na última quarta-feira dia 4 de abril, a Petrobrás promovia campanha de lançamento do aplicativo ‘Premmia’ em sua sede no EDISEN.

Chamou atenção a presença de somente mulheres contratadas como promotoras. O que nos levou a alguns questionamentos: Por que nesta ação de promoção de lançamento do aplicativo ‘Premmia’ só tinham mulheres? A Petrobrás julga que só homens dirigem carros? É justa e equânime essa postura da empresa?

Há muito tempo, a Petrobrás realizou debates para que suas campanhas midiáticas seguissem suas orientações ético/corporativas, tais como não promover machismo e desrespeito à diversidade.

Esse tipo de tratamento, muitas vezes reproduzido por empresas de cerveja na televisão, deveria ser abolido pela Petrobrás, afinal isso é totalmente incompatível com uma empresa que recebe o selo de equidade de gê- nero e raça.

Será que isso foi obra do gerente de Comunicação e Marcas, indicado por Temer e Parente, que já trabalhou para a equipe de Fórmula 1 McLaren, com a qual recentemente a direção da Petrobrás divulgou contrato de patrocínio?

Como podemos ver nas transmissões de eventos esportivos na televisão, o automobilismo é notadamente um seguimento que abusa desse tipo de marketing promocional, que faz uso apelativo da imagem de mulheres sensuais em trajes mínimos nos padocks.

Isso pode ser considerada mais uma obra do Parente que cortou a subcomissão de diversidade e do Temer, que também realizou vários cortes nas verbas destinadas às secretarias de Direitos Humanos.

A Petrobrás implementa um retrocesso se for esse o caminho que escolhe. Podemos fazer propagandas sem ofender setores marginalizados pela sociedade, respeitando cada trabalhador e toda a diversidade da categoria petroleira. Esperamos que o novo gerente indicado tenha feito o curso de ética e não mais se repitam situações como essa.

(Versão do impresso Boletim 64 do Sindipetro-RJ)

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