Prevenção de Acidentes do Trabalho: mortalidade no Brasil está em alta

Por Rosa Maria Corrêa

Em referência ao Dia nacional da Prevenção a Acidentes de Trabalho (27/07) num país que tem um desgoverno que fechou o Ministério do Trabalho como primeira medida ao tomar posse, que reabriu o Ministério apenas para dar 200 cargos a indicados em busca de um salvamento contra o impeachment por pedir propina em troca de vacina, começamos essa matéria com dados alarmantes sobre acidentes de trabalho.

No mundo, um trabalhador morre por acidente de trabalho ou doença laboral a cada 15 segundos. De 2012 a 2020, 21.467 desses trabalhadores eram brasileiros. A taxa fica em 6 óbitos para cada 100 mil empregos formais naquele período. Nos 8 anos da pesquisa, o Brasil registrou 5,6 milhões de doenças e acidentes de trabalho, acarretando um gasto previdenciário que ultrapassa R$ 100 bilhões!

As informações são do Relatório do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado este ano.

Entre os países do G20, o Brasil está em segundo lugar, vindo após o México, em número de trabalhadores mortos por acidentes de trabalho. Em 2019, foram 639.325 acidentes com 2.146 mortes e mesmo durante a pandemia os números não caíram, demonstrando que o isolamento foi para poucos. Em 2020, foram 446.881 acidentes e 1.866 mortes.

Há de se ressaltar ainda, que por diversos motivos, muitos casos não são tratados como acidentes de trabalho ou não chegam às estatísticas.

Por causa do empenho do desgoverno em promover a contaminação pelo coronavírus, a COVID-19 representa hoje a principal causa de afastamentos do trabalho pelo INSS. Em 2020, foram geradas 37 mil concessões de auxílio-doença.

Petrobrás é obrigada a emitir CAT

Recusando-se a atender as solicitações do Sindipetro-RJ desde o início da pandemia, a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) na Petrobrás segue atropelando os protocolos de prevenção à COVID-19.

Os surtos nas plataformas, por exemplo, são uma realidade, afetando inúmeros petroleiros e seus familiares.

No início deste mês, na Justiça, o Sindipetro-RJ obteve vitória em processo que obriga a empresa a emitir CAT para trabalhadores embarcados em decisão que abrange casos do passado, atuais e futuros.

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