Ato no Rio em apoio à Greve Geral na Argentina contra “decretaço” de Milei

Sindipetro-RJ apoia a luta da classe trabalhadora na Argentina e convoca petroleiros ao Ato em frente ao Consulado

Na quarta (24), véspera da votação do pacote de medidas no Congresso, os trabalhadores vão fazer paralisação. No mesmo dia, no Rio de Janeiro, haverá manifestação em apoio à luta dos argentinos em frente ao Consulado da Argentina (Praia de Botafogo, 228), às 14h.

A greve na Argentina vai acontecer na véspera da votação das novas medidas econômicas no Congresso Nacional, que está marcada para o dia 25/01. Para derrubar o Decreto é preciso maioria absoluta: metade mais 1 voto na Câmara e no Senado. Enquanto isso, o pacote está em vigor!

Ataques ultraliberais

Logo após tomar posse, em dezembro de 2023, o governo ultraliberal de Javier Milei desvalorizou em 50% a moeda argentina e retirou o subsídio a tarifas de ônibus e à energia elétrica.

No dia 04/01, Milei anunciou o Decreto, que entrou em vigor com caráter de Necessidade e Urgência, até a votação no Congresso. Apelidado de “decretaço”, com 366 artigos, o pacote modifica ou revoga leis em diversas áreas na Argentina.

Entre as medidas está a transformação de todas as estatais em sociedades anônimas para facilitar as privatizações. E o cumprimento de promessas de campanha eleitoral, como a privatização da petrolífera YPF, dos trens e da Aerolineas Argentinas.

Também há medidas que mexeram com a vida da maior parte da população como o descontrole de preços, a realização de contratos de aluguel feitos com qualquer tipo de moeda e índice de reajuste, os planos de saúde definidos sem qualquer regulação do Estado e vários pontos referentes às relações trabalhistas que atingem diretamente os trabalhadores, beneficiando os patrões.

No que está sendo chamada de Reforma Trabalhista, por exemplo, o contrato de experiência que antes era de três meses passou para oito(!) e esse contrato passa a ser encerrado a qualquer momento, sem indenização; no caso de demissões, sem justa causa, será pago um mês de salário para cada ano trabalhado, desprezando uma série de outros benefícios que existiam anteriormente; microempresários podem ter até cinco funcionários, sem qualquer vínculo, em regime especial.

E, também há medidas repressoras às manifestações como a de que, no setor público ou privado, quem participar de piquete poderá sofrer punições!

As centenas de medidas também atingem o comércio interno, as exportações, a indústria e a agricultura.

Todo apoio à luta dos argentinos contra a retirada de direitos dos trabalhadores pelo governo de Javier Milei!

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