Se fizermos um paralelo com o mundo futebolístico, a forma como se dá o ANPR é completamente esdrúxula. Imagine se um campeonato fosse jogado ao longo de um ano, mas a apuração do campeão, e de todas as colocações, se desse somente 6 meses depois, já no ano seguinte?

Considere ainda que as regras conhecidas no início do campeonato podem mudar ao longo deste, ou pior, após o término da temporada, já na etapa de julgamento. Pois é exatamente assim que se dá o nosso ANPR. Já estamos no mês de outubro e até agora não foi iniciado o processo de seleção dos que devem receber avanço de nível e promoção referente ao ano de 2017!

São anunciados adiamentos consecutivos, sem contar que para o pessoal do PCAC não há sinais do início do processo. Além disso, os critérios de avaliação e a metodologia que estão sendo implantados não foram combinados no início do ano em que o petroleiro se dedicou a cumprir suas metas. O regramento que veio junto com o PCR foi uma imensa novidade, que poderia alterar completamente a forma de atuação do trabalhador se este tivesse ciência no início do período em que foi avaliado.

É isso mesmo, trata-se de um descabido caso de regramento retroativo! Sem contar que perdemos recursos importantes, como a avaliação de desempenho feita pelos próprios petroleiros. O código de ética prega, já em seu primeiro artigo “(…) coerência entre o discurso e a prática são os princípios éticos que norteiam as ações do Sistema Petrobras”. Porém a regra não é clara, e ainda por cima é mutante. Cartão amarelo para a falta de transparência e profissionalismo da gestão de RH!

Versão do impresso do Boletim XCI

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