Assédio, perseguição, discriminação

Lugar de Mulher é onde ela quiser? Em pleno século XXI ainda precisamos fazer esta pergunta, principalmente no “mundo do trabalho”

Enquanto a tecnologia avança e novos postos de trabalho surgem, o machismo e o preconceito de gênero não diminuem na mesma proporção. Na Petrobrás, apesar de a empresa ter assinado, desde 2010, os Princípios de Empoderamento das Mulheres propostos pela ONU e possuir o selo de equidade de gênero, muita coisa ainda precisa mudar.

As novas possibilidades na área operacional estão aí. No Sindipetro-RJ, o trabalho offshore nas plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77 deverá trazer pelo menos 1.500 novos petroleiros e petroleiras para a nossa jurisdição até março de 2019. Para além da preocupação com o treinamento adequado destes profissionais, e dos 3 acidentes em menos de seis meses, ocorridos na P-74, conforme noticiado no boletim publicado em 29 de agosto, está a urgência da luta para que a Petrobrás estabeleça um efetivo mínimo de mulheres nas plataformas e passe a debater e orientar toda a força de trabalho sobre o respeito a estas profissionais.

Diretores do Sindipetro-RJ têm participado de reuniões com gerentes da área de Exploração e Produção, Cipas das plataformas e com o Grupo de Trabalho formado para “estudar” o caso de uma petroleira que apesar de ter passado meses em treinamento na China para assumir um posto na P-75 foi considerada “sem perfil” para a área operacional, mesmo com carreira no setor. Detalhe: além de esvaziar a função da trabalhadora e desqualificá-la por ser mulher, chegaram a realizar sua transferência para a área administrativa, onde nunca havia trabalhado.

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