Claudio Costa sai pelas portas dos fundos da Petrobrás, e com as mãos sujas

Executivo foi demitido nesta segunda-feira (29/03) por negociar ações da Petrobrás com informações confidenciais da saída do Castelo Branco da empresa

A notícia foi confirmada oficialmente pela Petrobrás na noite desta segunda-feira (29), em comunicado divulgado para imprensa: “Gerente Executivo de Recursos Humanos foi desligado da companhia na data de hoje, por ter atuado, em episódio pontual, em desacordo com o disposto na Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários, que veda a negociação de valores mobiliários de emissão da Petrobras por Pessoas Vinculadas nos 15 dias que antecedem a divulgação das demonstrações financeiras da companhia” – diz de forma lacônica, tirando o peso da gravidade de seu ato. Claudio Costa, afilhado político do governador do estado de São Paulo, João Dória Jr., também perde o cargo de Conselheiro de Administração na Transpetro.

O fato é que a gestão de Claudio Costa à frente do RH da Petrobrás foi marcada por uma série de abusos contra os trabalhadores e conduta antissindical.

Quem não lembra das grandes assembleias de ACT em 2019, quando Claudio Costa orientou os seus gerentes a participarem de forma massiva da assembleias para assediar aos empregados. O ex-gestor também emitiu notificação extrajudicial ao Sindipetro-RJ, ameaçando o Sindicato de processo caso não fosse retirado do ar um vídeo em que Costa aparece em uma fila de votação, sendo impedido de votar assembleia no EDISE, por não ser funcionário efetivo da empresa e não integrante da categoria petroleira.

Também ganhou repercussão na categoria uma declaração dada por Claudio Costa em uma reunião para explicar o PPP, em que atrelou o aumento da renda dos funcionários da empresa à venda de ativos. Segundo ele, à medida que as metas financeiras e de segurança forem atingidas, maior a chance de os “empregados” receberem remunerações mais robustas. “Os funcionários e executivos só vão chegar ao topo da remuneração com o desinvestimento, porque as metas financeiras incluem a desalavancagem (redução do compromisso do caixa com o pagamento da dívida), que depende da venda de ativos” – confessou na cara de pau. Esta fala foi dada em uma apresentação na Universidade Petrobrás (UP) em 18 de junho de 2019.

Claudio Costa é mais um preposto neoliberal que entrou e saiu da Petrobrás pelas portas dos fundos sem ter feito qualquer ação positiva para os trabalhadores e trabalhadoras da empresa, ao contrário só prejudicou. Pelo jeito, debaixo de seu tapete há muita sujeira a ser apurada, aguardemos o desenrolar dos fatos.

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