Conheça e participe do GT de Diversidade e Combate as Opressões

O machismo e a opressão contra as mulheres estão enraizados na sociedade e se apresentam no cotidiano das instituições, dentre elas a Petrobrás. Composta majoritariamente por homens, a empresa acaba por ter a grande maioria das denúncias tratadas por homens, com pouco ou nenhum conhecimento e/ou sensibilidade sobre as questões de gênero e suas expressões, que para entender e tratar a situação consultam outros homens.

Por coincidência, nesta segunda-feira (24), a Petrobrás enviou carta à força de trabalho, falando sobre a importância da equidade de gênero, assinada por sete homens e uma mulher. E é quase sempre assim que acontece: homens falando das mulheres, para as mulheres, sobre as mulheres. O resultado é quase inequívoco de uma descaracterização da questão de gênero, invisibilização e enfraquecimento das questões concretas e cotidianas que atingem às mulheres na empresa.

O que a instituição tem feito para inibir, orientar, educar e coibir tais situações? Nas situações praticas levadas pelo Sindicato percebemos que o movimento da empresa não apresenta avanços efetivos.

É neste contexto que a atual direção do Sindipetro-RJ criou o GT de Diversidade e Combate às Opressões, recebendo denúncias de petroleir@s próprias e contratadas e pautando junto à empresa sobre os casos, pensando propostas para o ACT sobre o tema, buscando criar espaços de reflexão e troca da categoria sobre os temas de diversidade e opressão, se articulando com movimentos sociais que lutam por estas pautas e oferecendo curso para a categoria petroleira.

A luta continua e a pressão sobre a empresa também: pela não invisibilização do machismo, por medidas de promoção da igualdade de gênero e da diversidade, pelo reconhecimento do assédio sexual e moral na Petrobrás e medidas de coibição, estão entre as nossas pautas!

“O machismo aparece de diversas formas, mais sutis ou mais diretas e claras. Podemos citar alguns exemplos disso no cotidiano: piadas machistas; questionamentos sobre a competência da profissional mulher, especialmente em trabalhos mais operacionais; interrupções recorrentes da fala das mulheres; a invisibilizacao da fala quando, por exemplo, a mulher dá alguma opinião que não é considerada e, quando a mesma fala parte de um homem esta é considerada; situações de assédio sexual, incluindo contato físico por vezes; assédio moral; assédio moral em decorrência de assédio sexual mal sucedido; denuncias de redução de camarotes em plataformas para as mulheres como forma de limitar o contingente feminino nesses espaços de trabalho; dentre tantos outros. As petroleiras contratadas são mais suscetíveis ao assédio moral e/ou sexual em função da precariedade do seu vínculo de trabalho e instabilidade” – Moara Zanetti, diretora do Sindipetro-RJ

 

Versão do Impresso – ESPECIAL GT DE DIVERSIDADE E COMBATE ÀS OPRESSÕES

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