GASLUB: Sindipetro-RJ participa de reunião com o GÁS e cobra sobre situação de trabalhadores na unidade

O Sindipetro-RJ participou na quinta-feira (02/07) de uma reunião com a representação da gerência do GÁS do GASLUB. Pelo Sindicato participaram os diretores André Buca, Mateus Ribeiro e Pedro Vilas-Bôas

A pauta apresentada pelo Sindicato foi a seguinte:

1-Escala

Com se aproxima momento de retorno ao trabalho de turno no GASLUB, representantes do Sindipetro-RJ questionaram sobre a aplicação da jornada de 12 horas com escala de 6×9, conforme deliberado pelos trabalhadores e encaminhado à empresa. A representação respondeu que enquanto durar a pandemia a jornada vai ser de 12h com escala de 6×9. Mas que após a pandemia para manter essa escala, somente com acordo firmado com o Sindicato.

Esse acordo está em processo de negociação e o que o está emperrando é a insistência por parte do RH da empresa sobre uma cláusula em que os trabalhadores abram mão de passivos trabalhistas advindos da inadequação da escala que a empresa vinha praticando. Segundo a compreensão do Sindicato, como nesta base não havia turno, não há necessidade de ter clausula de desistência de passivo trabalhista.

O Sindipetro-RJ esclareceu que as pessoas transferidas para o GASLUB, pelo Mobiliza, o fizeram com base no compromisso escrito por parte da empresa de que haveria a jornada de 12 horas, mantendo-se a carga horária. Com base nisso, diversos trabalhadores aceitaram atuar na unidade, planejando suas vidas. Hoje esse compromisso escrito está sendo relativizado pela hierarquia da empresa. O Sindicato lembrou também que no TEBIG, TABG e CNCL essa escala foi acordada sem que houvesse necessidade de cláusula a respeito de passivos.

Foi acordada uma reunião com o RH sobre esse tema da escala;

2) Planejamento da alimentação do turno e do transporte

Segundo a representação, o uso do restaurante deve estar disponível para fornecer alimentação em horários determinados, inclusive do turno.Ao restaurante caberá a responsabilidade da entrega da comida (prato pré-montado) em lugares definidos (CIC, CCL UPGN e casa de força). Para isso, basta o funcionário entrar em um site ou aplicativo e para escolher o prato e a empresa deverá entregar o pedido.

Como vai funcionar

O empregado que chegar às 7h vai pedir café, via aplicativo, nos lugares definidos, escolhendo comida e local de entrega. Quando chegar ao trabalho a comida estará chegando ao local definido (serão enviados os horários pré definidos).

O horário do café da manhã será de 5h30 até 8h30-9h. Atendendo a quem está saindo e quem está entrando no horário de almoço e lanche no fim da tarde. Após as 19h, o jantar será para quem está chegando e a 00h será fornecida uma ceia. Os trabalhadores vão receber o ticket (que vai considerar o mês cheio), sendo este pago direto para a empresa.

Também vai ter lanchonete aberta de 7h às 19h.

Transporte

Segundo informação da Petrobrás, o fornecimento do transporte vai depender do quantitativo inicial de trabalhadores na unidade. De imediato será disponibilizado um sistema de van para o deslocamento interno na unidade por 24h, com utilização de aplicativo “Mobicity” para a chegada e saída da base. CENPES e CNCL já fazem uso dele.

O Sindicato perguntou se o plano será aplicado para contingente pequeno ou vai continuar operando em caso de um aumento da circulação no local. Segundo a representação, a situação será avaliada, pois o sistema ainda está em teste. A idéia é que esse modelo de transporte externo (residência-trabalho-residência) seja feito pelo aplicativo Mobicity. Enquanto isso um carro será disponibilizado nos horários de troca de turno para servir como apoio no caso de problemas com o aplicativo.

Ficou acertado o agendamento de um nova reunião com a gerência especificamente sobre esse tema de transporte, com intuito de antecipar possíveis problemas.

Ainda foi dado o informe de que o transporte do turno será unificado na portaria sul;

3) Espaço de vivência e sobreaviso

O Sindipetro-RJ fez indagações sobre layout do alojamento e da área de vivência, destacando a falta de retorno para os questionamentos dos trabalhadores. Segundo a Petrobrás, o plano diretor do GASLUB tem uma série de adequações para as diferentes necessidades de SMS, ADM, alojamento, etc.

A SMP (Solicitação de Mudança de Projeto) foi aprovada há pouco mais de um mês e está em fase de elaboração de projetos pelo compartilhado. A empresa diz que quando estiver produzido esse material irá fazer uma apresentação. Foi informado de que a área onde hoje fica a brigada vai ser adaptada para alojamento, tendo espaço interno comum como espaço de vivência. Existe atualmente um esboço que futuramente será apresentado, tendo a representação dito que está aberta a incorporações devido ao tempo hábil.

Ainda segundo a representação da Petrobrás, o projeto terá uma área comum, como uma sala, tipo lounge, onde os trabalhadores poderão socializar, e se caso haver algum ponto a ser ajustado pode ser conversado. O mobiliário não faz parte do projeto, sendo um fato a ser discutido e ajustado.

Sobre a previsão de sobreaviso, o que foi dito é que está previsto para final do segundo semestre do ano de 2022, ou início de 2023.

4) Sobre câmeras de vigilância interna na sala de controle

O Sindicato pontou que sob o ponto de vista da ambiência, o monitoramento constante sobre os trabalhadores mais prejudica do que ajuda. Já existem registros profissionais, como o Delta-V e PI, que já monitoram o que está sendo feito.

Segundo a representação do GASLUB, o sistema atual baseou-se na aprovação de projeto básico existente, sendo multiuso. Uma possível alteração teria que ser levada para a área de segurança, seguindo premissas existentes.

Porém, o Sindicato considera que não faz sentido ter câmera apontada para os trabalhadores sob o pretexto de segurança patrimonial, visto que vai haver contingente 24 horas por dia na unidade. As câmeras podem ser direcionadas paras áreas de passagem e outros lugares, mas é um grande desconforto para os trabalhadores estarem vigiados permanentemente.

Ficou combinado que esse tema vai ter um fórum próprio para discussão.

5) Problema com falta de médico e exames periódicos

A representação da empresa diz que por conta da pandemia houve uma redução drástica da presença do médico GASLUB, e que por isso o médico está presente na unidade somente uma vez por mês. Como o exame clínico é realizado pelo médico da empresa, a hierarquia está ciente de que caso haja aumento da demanda (previsão de aumento para setembro), pode ocasionar dificuldade para agendamentos no conjunto das gerencias.

Ao Sindipetro-RJ foi informado que está sendo articulado junto as gerências, diante do aumento da demanda, o aumento da frequência do médico. Mas enquanto isso não acontece, está sendo aventada a possibilidade de agendamento em outra unidade, como por exemplo, CENPES,EDISEN, entre outras.

O Sindicato informa que pode ser acionado para qualquer problema sobre agendamento para avaliação clínica por exame periódico, caso o assunto não seja resolvido em nível de gerência.

6) Mudanças no projeto da UPGN

A representação informa que foi feita modificação no projeto da UPGN para permitir queimar os gases ácidos, com previsão de realizar em duas etapas:

1- Está sendo implementada uma adequação para permitir partida da planta de uma corrente para queima no flare

2 – Instalação de incinerador específico para este fim.

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