FNP e GTs: sanear os ataques e avançar no ACT 2023

Propostos pela Federação, Grupos de Trabalho compostos por dirigentes sindicais e representantes da Petrobrás começam a se reunir

Nesta quinta (11), ocorreu a primeira reunião do conjunto de GTs que abordarão temas específicos:

1. Efetivo e Transferência;
2. AMS – PETROS;
3. SMS e Saúde Mental;
4. Banco de Horas, HETT e Tabela de Turnos;
5. Teletrabalho;
6. Terceirização;
7. Anistia;
8. PLR, PPP, PCAC, PCR e ANPR;
9. PCD, Diversidade e Opressões; e
10. Planejamento estratégico.

Diálogo pra avançar

São questões que basicamente integram o documento apresentado pela Federação ao novo presidente da Petrobrás (link para a matéria) em fevereiro deste ano e que serão aprofundadas nos GTs.

Na primeira reunião de GTs sobre PLR, PPP, PCAC, PCR e ANPR, tanto os sindicalistas quanto os representantes da empresa saudaram a abertura de um canal negocial.

Desvalorização da carreira 

O quadro é de desvalorização da carreira da categoria que tem superado a meta de desempenho, ano a ano, mas em nada houve uma contrapartida na proporção dos lucros e resultados auferidos. Os grandes prêmios são somente para o grupo gerencial da alta gestão – que, em parte, nada contribuiu para os resultados dos últimos períodos, enquanto a categoria vê sua carreira congelada, a passos de tartaruga, sem os recursos devidos nos processos de avanço de nível e promoção, desrespeitando os ganhos de experiência e formação.

Para alterar esse quadro, a FNP apresentou propostas:

– PLR máxima e igual para todos, baseada em lucros e resultados;

– fim do PPP – modelo que desviou recursos da PLR, dedicou concentradamente recursos à alta gerência, e desvinculou a remuneração variável dos ganhos distribuídos aos acionistas;

– novo Plano de Carreira no Sistema Petrobrás, acabando com a distorção atual de ter dois planos, tendo sido o PCR imposto contra os trabalhadores;

– manter a lógica do ANPR 12/18/24 no futuro Plano de Carreira;

– isonomia do abono que foi dado a parte da categoria , pressionada, que aderiu ao PCR e, posteriormente, foi fraudada na promessa de maior avanço na carreira, agravada pela alteração do meio nível;

– fim das restrições de transferência , pelo Mobiliza, dos trabalhadores vinculados ao PCAC;

– rever a imposição do PCR aos novos petroleiros e a grave distorção de não contabilizar o tempo de curso de formação para fins de remuneração variável vigente;

– cessar processo de curva forçada, seja em avaliação discricionária, seja em avaliação de desempenho; e

– transparência das estatísticas dos processos de ANPR de anos anteriores, a partir de 2017, para que a Federação e a categoria possam fazer análise sobre os dados.

Os prepostos da empresa sinalizaram positivamente para analisarem todas as propostas; pontuaram que existe viabilidade do atendimento; informaram que já não há mais restrições para a mobilidade dos trabalhadores; e ressaltaram que as reuniões dos GTs servirão para estreitamento entre empresa e representação sindical, já, inicialmente, demonstrando disposição de uma negociação de boa fé.

A FNP e o Sindipetro-RJ denunciaram, ainda, exemplos inaceitáveis relativos aos temas deste GT, como: a pressão exercida a trabalhadores que não conseguiram cumprir suas metas por falta de efetivo ou porque não houve, há, treinamento adequado. Por exemplo, de operadores, e causam uma sequência de má avaliações, registrando uma baixa performance; também, a exemplo das perseguições a trabalhadores que questionam inconsistências e denunciam abusos ou diretores sindicais que, por estarem na representação sindical, recebem baixas avaliações de desempenho; o inexplicável pagamento a menor de PLR aos empregados da PBIO; o destino de PLR mínima em geral aos petroleiros, enquanto poucos escolhidos da alta gerência e diretoria receberam/recebem parrudos PPPs.

GTs: próximas reuniões

18/05 – 08h30 –   GT PLR e PPP/PCAC e PCR – ANPR

19/05 – 09h – GT Efetivo e Transferência

19/05 – 15h – GT AMS/Petros

Saiba mais no vídeo com a FNP e diretores do Sindipetro-RJ e compartilhe: 

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