FNP vai entrar com ação contra o equacionamento AMS

Com descontos previstos para agosto, esta é mais uma medida que a hierarquia da Petrobrás implanta de forma unilateral 

Como a gestão da empresa não apresentou os dados para os sindicatos auditarem, conforme solicitado e previsto no ACT, a Federação Nacional dos Petroleiros vai entrar com ação judicial contra o desconto anunciado pela Petrobrás referente ao custeio da AMS no ano de 2020.

Sem a transparência das informações, não é possível aferir se a Petrobrás está cobrando dos beneficiários da AMS custos que deveriam ser de exclusividade da empresa, considerando ainda que 2020 foi um ano em que a pandemia afetou a vida dos petroleiros, gerando situações de atendimento emergencial, consultas, internações e também com as sequelas derivadas da COVID-19.

Como é público, o desgoverno Bolsonaro quer preparar a empresa para a privatização e, nesses casos, uma empresa que não gasta com direitos trabalhistas é mais atrativa para os investidores que só querem lucrar.

Vale lembrarmos que o RH teve seu gerente executivo demitido em 29/03 por ter usado informações privilegiadas para negociação na bolsa de valores. Cláudio Costa cometeu uma série de abusos contra os trabalhadores e sindicalistas e como preposto neoliberal deu largos passos para aprofundar a privatização da AMS, preparando o caminho para a entrega a alguma operadora privada de plano de saúde.

Assim, a criação da Associação Petrobrás de Saúde (APS) foi feita através da entrega de cargos diretivos para os apaniguados, aplicação no aumento da participação no custeio para os participantes e um regulamento draconiano guardado a sete chaves, numa demonstração de falta de transparência e de preocupação com o serviço prestado aos petroleiros. Em total desacordo com o Código de Ética da empresa, Claudio Costa ainda divulgou dados da AMS em reuniões promovidas com representantes de outros planos de saúde.

Agora, querem impor um desconto aos trabalhadores sem as devidas informações e negociações, mas a FNP e seus sindicatos filiados defendem uma AMS gerida pela Petrobrás e com ampla participação dos trabalhadores nas decisões.

Fonte: FNP

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