Fórum em Defesa da Petros emite nota em desagravo a conselheiros

Na manhã desta terça-feira (3) foi realizada no Sindipetro-RJ mais uma reunião do Fórum em Defesa da Petros que discute o equacionamento do PPSP I. Em pauta o GT apresentou informes na busca de alternativas para solucionar estruturalmente o PPSP I.

Também no encontro foi divulgado um documento em desagravo aos conselheiros da Petros, Ronaldo Tedesco e Paulo Brandão, que estão sendo objeto de processo judicial movido pela direção da Petros em que é pedida na Justiça uma indenização de R$ 584 milhões de ex-dirigentes e conselheiros pelos prejuízos e danos referentes à aquisição de uma participação na Itaúsa comprada em 2010 da Camargo Corrêa com ágio em relação ao valor de mercado. A entidade processa dez pessoas, incluindo os conselheiros citados.

A nota esclarece entre outros pontos sobre como Tedesco e Brandão, na época integrantes do conselho deliberativo, junto com outros conselheiros aprovaram processo de compra das ações do ITAUSA . Vale lembrar que Ronaldo Tedesco denunciou, como presidente do Conselho Fiscal, aos órgãos de fiscalização (Previc e MPF) mais de 70 investimentos que foram investigados criteriosamente e tinham comprovação de irregularidades cometidas por 15 ex-dirigentes da Petros.

“Essa denúncia só foi possível de ser feita a partir de investigação realizada pela empresa Ernst & Young a pedido dos conselheiros Paulo Brandão e Silvio Sinedino no Conselho Deliberativo da Petros em 2016. Importante sinalizar que, diferente do que vem sendo divulgado sistematicamente, nossos conselheiros eleitos realizaram dezenas de denúncias aos órgãos de fiscalização. Mas sempre se recusaram a fazer denúncias sem provas, por entender que essa prática somente servirá para manchar o nome da Petros e levar mais prejuízos ao nosso plano de previdência. Essa postura ética e responsável sempre foi defendida e aprovada pelas entidades que os apoiam” – diz um trecho.

Ao que parece a atual direção da Petros, presidida pelo ex-integrante do conselho de administração do Itausa, até dezembro de 2017, Walter Mendes, coloca em pratica uma forma de represália à Paulo Brandão e Ronaldo Tedesco por conta da luta de ambos contra o equacionamento absurdo de R$ 28 bi proposto pela direção da fundação à categoria petroleira. “A tentativa de calar ou atingir a honra dos nossos conselheiros eleitos que sempre mantiveram independência de partidos políticos, governos e direção da Petros e da Petrobrás não irá prosperar, pois é um ataque a todos os que lutam em defesa da Petros.” Confira a íntegra da nota no site. www.sindipetro.org.br

 

Versão do impresso Boletim LXXVIII

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