Na modalidade Permanente, implementada por Bolsonaro, e sem participação da Petrobrás, o próximo leilão está marcado para a quarta (13), oferecendo cinco blocos nas bacias de Santos e Campos

Terminou no dia 08/11 o prazo para as licitantes habilitadas apresentarem declarações de interesse. A ANP, que continua sendo dirigida por Rodolfo Saboia, nomeado por Bolsonaro, apenas trocou o nome da operação, que deixou de ser Rodada para virar Sessão Pública. 

Assim, em mais uma entrega da riqueza brasileira, serão leiloados os blocos Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade, Tupinambá e Turmalina. 

Modelo bolsonarista  

Implementada desde 2020, pelo  governo Bolsonaro, a modalidade de ofertas permanentes de blocos do Pré-Sal facilita a privatização, pois o governo deixou de definir unilateralmente a lista de ativos a ser leiloada. 

Neste tipo de negócio, os candidatos não precisam aguardar a rodada “tradicional”. As áreas, como o nome já diz, ficam disponíveis para receber lances em forma permanente e, dependendo do interesse dos compradores, o governo pode ou não aumentar a quantidade de blocos que serão ofertados. 

Sai vitoriosa a empresa que fizer a maior oferta à União do excedente em óleo (parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora, segundo contrato e percentual ofertado no leilão). Uma pechincha! 

O anúncio de que a Petrobrás não vai participar ampliou ainda mais o interesse de petrolíferas estrangeiras.   

Império do petróleo

Apesar de já ter havido episódios específicos em leilões em que a Petrobrás não apresentou proposta para determinados lotes, a notícia de sua ausência nesta próxima sessão acelerou a confirmação da participação de “majors” estrangeiras como Shell, QatarEnergy, BP, Petronas, TotalEnergies e Chevron. Grupo de petrolíferas que concorrem com a Petrobrás e não perdem oportunidades de comprar petróleo brasileiro a preços baixos – lesivos ao presente e ao futuro do povo brasileiro. 

O Sindipetro-RJ combate o entreguismo e luta contra os leilões de petróleo! Privatização, não!

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