Greves e protestos pelo mundo contra a retirada de direitos

Atualizado às 10h06 – 16 de setembro de 2019

Seguem pelo mundo uma série de mobilizações e atos de resistência contra os cortes de direitos sociais implementados pelo neoliberalismo.
Nesta sexta-feira (13), a França protestou contra a proposta de reforma da Previdência preparada pelo governo Macron. Paris parou por conta de uma greve no sistema de metrô da capital francesa.
Com aprovação da reforma, os funcionários do metrô de Paris, assim como os trabalhadores de outras atividades consideradas difíceis ou perigosas, perderiam assim os benefícios associados a seus regimes especiais, que atualmente permite, por exemplo, a aposentadoria antes dos demais franceses.
A reforma da Previdência na França é uma promessa de campanha de Macron, que se comprometeu a eliminar os 43 distintos regimes especiais e a criar um sistema “universal” com o uso de pontos, no qual “1 euro de contribuição concede os mesmos direitos”.
No último sábado (7), milhares de coletes amarelos voltaram a se manifestar contras as reformas neoliberais de Macron em várias cidades francesas. Os principais protestos foram registrados em Montpellier, no sul da França.

Argentina em transe

Já na quinta-feira (12), a capital da Argentina foi sacudida por um grande protesto e um acampamento contra a fome, organizado por movimentos sociais e partidos políticos, no Centro de Buenos Aires. O governo neoliberal de Mauricio Macri foi obrigado a aderir a um projeto opositor para declarar “emergência alimentar”, que foi aprovado por unanimidade — 222 votos a favor e uma abstenção — na Câmara dos Deputados, e que agora segue para votação no Senado.
O projeto prevê aumento mínimo de 50% do orçamento destinado a programas de alimentação e nutrição este ano e que, a partir do ano que vem, os recursos sejam reajustados a cada três meses.
Ainda na quinta, Buenos Aires foi palco de um protesto contra a prisão política de Daniel Ruiz, um líder sindical petroleiro, integrante do PSTU argentino, preso há exatamente um ano por conta de ter participado de protestos contra a reforma da Previdência de Macri.

Brasil acordando

Aqui no Brasil, as mobilizações ganham espírito de retomada com a greve dos Correios, que começou no dia 10 de setembro, em que a categoria luta contra a retirada de seus direitos e privatização da empresa. Da mesma forma, os petroleiros continuam sua campanha em torno do ACT e por uma Petrobrás integrada e propulsora do desenvolvimento brasileiro.
No próximo 20 de setembro será o Dia de manifestações e paralisações contra a destruição do Brasil sob o governo Bolsonaro.

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