TABG: mobilizações de petroleiros e terceirizados em greve, contra a privatização para defesa da vida no sistema Petrobrás

Mobilização de petroleiros reivindica melhores condições de trabalho e homenageiam trabalhador morto na REDUC

Na quarta-feira (23/02), os trabalhadores terceirizados, do Terminal Baía da Guanabara (TABG), iniciaram um movimento grevista. Em solidariedade, os petroleiros da Petrobrás promoveram um atraso na troca do turno da manhã. O movimento luta em favor da segurança, prevenção e vida dos trabalhadores que implica no combate à privatização e destruição do sistema Petrobrás. O movimento paredista prossegue nesta quinta-feira (24/02).

A política de produção e lucro a qualquer custo, como mostra o recente resultado da empresa, que anunciou um lucro recorde em 2021, de R$ 106 bilhões, distribuindo R$ 37 bilhões para acionistas. Uma distribuição de lucros promovida pela direção bolsonarista e privatista que está ceifando vidas no sistema Petrobrás. Um exemplo disso foi a morte do trabalhador terceirizado José Arnaldo de Amorim no sábado (19/02) que veio a falecer dentro de um vaso da unidade de hidrodessulfurização de gasolina (HDS), U-4.500 na REDUC. Amorim foi homenageado no ato dos trabalhadores no TABG.

A representação do Sindimetal-Rio esteve presente no ato no terminal e explicou como a direção da Petrobrás está agindo no caso do terceirizado da REDUC que teve morte declarada oficialmente no atendimento hospitalar, e não dentro da refinaria, negando que Amorim tenha morrido dentro da REDUC, mostrando o descaso da empresa com a vida dos terceirizados.

As omissões no TABG

Os terceirizados do TABG estão sendo submetidos a contratos intermitentes, que pagam somente por hora trabalhada, sem plano de saúde, recebendo um salário-mínimo em média e sendo submetidos a condições precárias de segurança do trabalho.

Os trabalhadores denunciam que estão ocorrendo diversos acidentes, e que a gestão do TABG, na figura de seu gestor, está omitindo a emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) e de acidentes no terminal.

Além disso, no TABG, os petroleiros denunciam a precarização das condições de trabalho causada pela política de redução de efetivos de turno, que impacta diretamente na segurança operacional, proporcionando risco à saúde e a vida dos trabalhadores, e ainda, expondo a população local, ao redor do terminal, a possíveis danos ambientais. Enquanto o lucro e distribuição de dividendos aumenta absurdamente, a gestão da empresa convive de forma parcimoniosa com o sucateamento de plantas e terminais.

Na sexta-feira (25/02) está programada mobilização com atraso no TABG, na parte da manhã.

O Sindipetro-RJ está tomando todas as providências cabíveis em relação a situação dos trabalhadores no terminal, e apoia e se solidariza ao movimento grevista dos terceirizados do TABG, em sua luta por direitos e defesa da vida!

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