GT PLR, PCAC, PCR, ANPR e PPP: segunda reunião

A FNP e seus sindicatos reforçaram que a empresa tem oportunidade de fazer importantes mudanças e ajustes, já!

Nesta quinta (18), na segunda reunião do GT PLR, PCAC, PCR, ANPR e PPP, a FNP cobrou respostas da empresa sobre o ofício enviado ( Carta FNP 057-2023 GT PLR – PCAC v. PCR – ANPR – PPP ) que listou todas as reivindicações apresentadas na primeira reunião do Grupo de Trabalho, que ocorreu no dia 11/05 (https://www.youtube.com/watch?v=lcjkAyzknog) e pediu que as respostas sejam enviadas também por escrito.

O disparate entre PLR e PPP. E nem se fala em relação à distribuição de dividendos.

Sobre a PLR 2022, o RH informou que o pagamento da segunda parcela será feito no dia 31/05. Foi divulgado, ainda, que no balanço da empresa foram destinados R$ 647 milhões à PLR e R$ 2,6 bilhões ao PPP. Uma diferença maior do que 400%!

Na reunião, os sindicalistas voltaram a combater a existência do PPP e a cobrar a revalorização da PLR que está no patamar de 0,6% na Petrobrás (em 2021, frente ao lucro líquido de R$ 106 bi foram distribuídos R$ 592 milhões) quando o permitido na legislação é de 25%! Também foi, novamente, destacada a urgente isonomia no pagamento de PLR para todos os trabalhadores do sistema Petrobrás.

Para se ter uma ideia do quanto os trabalhadores perderam ao longo dos anos comparativamente aos ganhos dos acionistas, citamos o ano de 2012: o lucro líquido acumulado foi de R$ 21,18 bi, com PLR de R$ 1,005 bi o que significa 4% do lucro líquido, com dividendos de R$ 8,875 bi. Se 4% fosse aplicado sobre o lucro 2021, a empresa teria distribuído R$ 4,24 bi.

SEST não é mandatária na Petrobrás

Mesmo alegando a dependência da Petrobrás aos vínculos obrigatórios com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), o RH reforçou que há boa vontade em estudar as questões relativas ao PPP e à PLR, mas, que avaliam podem haver restrições.

Porém, os dirigentes sindicais e advogados que os assessoram têm entendimento diverso sobre o tema, entendendo que não há a referida restrição e que a SEST não tem esse poder, pois a Petrobrás é uma empresa estatal não dependente.

Desempenho – gerentes devem ser avaliados

O RH apresentou detalhamento sobre conceito de desempenho, passando por performance versus remuneração numa visão empresarial de que é importante avaliar o trabalhador por desempenho para que a remuneração seja compatível com os resultados. Mas, os representantes da FNP e sindicatos contestaram, mais uma vez, o modelo atual que é ruim, pois permite, por exemplo, que um gerente avalie o empregado de acordo com suas próprias regras e interesses, prejudicando muitas vezes o desempenho do trabalhador – fato comprovado mediante inúmeras denúncias que chegam aos sindicatos.

A FNP frisou ainda que não é justo que cargos de liderança concorram com os demais cargos no Gerenciamento de Desempenho (GD) e pediu a estratificação de informações detalhadas sobre níveis concedidos às pessoas com cargos na empresa comparativamente àqueles sem cargo, também a estratificação daqueles que foram alijados do processo. E também para que sejam observados os motivos que levaram tantos diretores sindicais e trabalhadores críticos a receberem notas baixas por parte de suas gerências. Reforçando, ainda, a importância que aqueles que ocupam cargos na empresa sejam avaliados por aqueles que subordinam.

Foi, novamente, reivindicado o fim da curva forçada na avaliação de desempenho.

Ajuste entre os Planos

Sobre as diferenças entre PCR e PCAC, a FNP e seus sindicatos lembrou novamente que é necessário ter reavaliação dos critérios e convergência para ambos os processos e que se um novo Plano será feito em longo prazo, que as distorções como, por exemplo, meio nível, curva forçada e ausência de nível de 12 meses no caso do PCAC dentre outros pontos apresentados sejam corrigidas brevemente.

Os dirigentes sindicais destacaram que é importante ter acesso também aos dados das empresas subsidiárias e não só, como foi apresentado na reunião, apenas sobre a Petrobrás. Reforçando, ainda, o acesso aos outros dados.

O RH apontou que todas as reivindicações apresentadas estão em análise e serão respondidas ao longo das próximas reuniões deste GT, que há interesse por parte da empresa em negociar questões que estão judicializadas e acrescentou ainda que as informações solicitadas estão sendo preparadas e que serão todas enviadas à FNP e sindicatos.

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